Introdução: A dependência de um equipamento de diálise e o novo estilo de vida adotado pelo paciente com doença renal crônica (DRC) acaba tornando uma experiência negativa tanto fisiológica como emocionalmente. Devido a esses fatores, a qualidade de vida (QV) é alterada de forma significativa. Muitas discussões estão sendo levantadas, a fim de converter o foco dos farmacoterapêuticos, para o uso de terapias integrativas. Objetivo: Avaliar os efeitos da auriculoterapia na QV e alterações emocionais em pacientes com DRC submetidos a hemodiálise. Métodos: Trata-se de um estudo clínico controlado randomizado, realizado na Clínica de Doenças Renais em Tubarão, em Santa Catarina. Foram selecionados pacientes divididos aleatoriamente nos seguintes grupos: 15 indivíduos para o GE (grupo de auriculoterapia); 15 indivíduos para o GC (grupo controle). Para avaliar a QV foi utilizado o instrumento KDQOL SF-36 e para as alterações emocionais foi utilizado o Inventário de depressão de Beck. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes. O GE apresentou uma melhora significativa na redução dos sintomas depressivos 11,3±6,10 versus 9,1±5,5 p=0,001, já o GC 10,0±5,7 versus 9,7±6,0 p=0,189, não tendo diferença significativa. Em relação a QV, foi possível observar que os resultados foram melhores significativamente no grupo que realizou auriculoterapia nos domínios efeitos da doença renal, qualidade da interação social, sono, suporte social, saúde geral, função física, dor, cargo emocional, função social, energia/fadiga e SF12 composto mental quando comparados os resultados entre os grupos. Conclusão: A auriculoterapia é um tratamento eficaz quando utilizado como intervenção visando uma melhora da QV e nas alterações emocionais dos pacientes com DRC.