Artigo Científico
Avaliação da qualidade de vida de pacientes submetidas ou não a reconstrução mamária pós mastectomia
Autor
Domingues, Milla Pereira
Institución
Resumen
This study evaluated the quality of life and profile of patients who
underwent mastectomy and patients who underwent mastectomy and breast reconstruction,
making a comparision between the two groups. Methods: The World Health Organization
Quality of Life survey was used to conduct a cross-sectional study to evaluate patient quality
of life and a survey elaborated by the authours to evaluate the patient’s profile. Results: There
were no significant difference between the scores in the two groups, although the Mastectomy
group got better scores in all aspects of the Whoqol. Conclusions: These results demonstrate
that breast reconstruction after mastectomy does not have a significant impact on the quality of
life of these patient’s lives and it is not associated with physical, psychological, and social
benefits. Este estudo teve como objetivo comparar a qualidade de vida das pacientes
submetidas apenas a mastectomia e de pacientes submetidas a mastectomia com reconstrução,
relevando a diferença entre reconstrução imediata e tardia, avaliando assim, o impacto que a
reconstrução mamária traz a vida destas pacientes. Foi avaliado também o perfil das mesmas
quanto à idade, as terapias instituídas e as técnicas de reconstrução realizadas. Realizou-se um
estudo transversal com a aplicação do instrumento da Organização Mundial da Saúde para
avaliação da qualidade de vida no seu formato curto (Whoqol-bref) em 42 pacientes do
Ambulatório de Alta Complexidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição – 17 pacientes
do grupo mastectomia e 25 pacientes do grupo mastectomia com reconstrução. Em relação à
auto-avaliação da qualidade de vida, pacientes do grupo mastectomia e do grupo mastectomia
com reconstrução apresentaram resultados semelhantes 3,76 vs. 3,76; (p = 0, 985), e quanto à
satisfação com a própria saúde, também não houve diferença estatisticamente significante; 3,59
vs. 3,56 (p = 0, 923). Quanto ao questionamento sobre a satisfação com a vida sexual, o grupo
de pacientes submetidas apenas a mastectomia apresentou melhores resultados (2,88 vs 2,64),
porém, ambos os grupos avaliaram esse quesito negativamente, ‘necessitando melhorar’ de
acordo com suas pontuações na escala Likert1. Com relação ao questionamento sobre
capacidade de aceitação da aparência física (3,71 vs 3,44) também não houve diferença
estatisticamente significante entre os dois grupos, apesar de o grupo de pacientes submetidas
apenas a mastectomia apresentar uma melhor pontuação. Em conclusão, o presente estudo não
encontrou diferenças estatisticamente significantes quanto à análise da qualidade de vida dos
dois grupos, não sendo possível avaliar qual o impacto real que a reconstrução mamária traz à
vida de pacientes mastectomizadas. Novos estudos são necessários para identificar quais fatores
determinariam alterações na qualidade de vida destas pacientes.