A ordem econômica equivale à propositura de uma estrutura regulatória do Estado, seus sujeitos e agentes econômicos. No que lhe concerne, o neoliberalismo enquanto política econômica ambiciona a contração do Estado, a desregulamentação e a abertura econômica. O poder público legitimado pela democracia, na lógica neoliberal, vê-se capturado com a autonomia do Banco Central ao tornar-se coisa privada. Apesar de circunscrita à lógica capitalista, a ordem econômica constitucional de 1988 delineia um Estado voltado para a construção do bem-estar social. A renovação do capitalismo sob a gramática neoliberal, no caso brasileiro, assume características de país periférico. Exsurge como expoente neoliberal, a autonomização do Banco Central, apta a indicar a inversão da Constituição dirigente e a captura do poder público.