Artigo Científico
Candidíase vulvovaginal em acadêmicas do curso de medicina de uma universidade do sul do brasil
Vulvovaginal candidiasis in medical students at a university in south Brazil
Autor
Pandini, Gabriela
Willig, Daniela
Institución
Resumen
Objetivo: Verificar a prevalência, as características e métodos utilizados no diagnóstico de candidíase vulvovaginal (CVV) em acadêmicas do curso de medicina de uma universidade no sul do Brasil no período de março a julho de 2021. Métodos: Estudo observacional do tipo transversal. Fonte de informações com dados primários obtidos através de questionários online. Resultados: Avaliaram-se 340 acadêmicas do curso de medicina, média de idade de 23,30 anos, maioria solteiras, caucasianas, sem comorbidades e em uso de anticoncepcional oral combinado. Mais da metade apresentou episódio de CVV em algum momento da vida, com predomínio de diagnóstico médico e as que não foram avaliadas pelo especialista realizaram o autodiagnóstico. As manifestações clínicas prevalentes referidas foram: prurido vulvar, corrimento esbranquiçado do tipo leite coalhado e hiperemia vulvar. A medicação oral foi o método de escolha para o tratamento, com predomínio de fluconazol oral. Quanto ao tratamento não medicamentoso, dormir sem calcinhas e evitar o uso de roupas justas foram os mais utilizados. Em relação aos fatores desencadeantes da doença, mais da metade referiu estresse, seguido do uso de antibióticos, menstruação e dieta rica em açúcar como os principais fatores. Constatou-se que 85,8% das acadêmicas realizavam medidas profiláticas para CVV, evitavam higiene no sentido anal-vaginal e uso de biquínis úmidos por tempo prolongado. Conclusão: Estimar a prevalência de CVV aguda e recorrente é um desafio pois o autodiagnóstico acontece com frequência e consequentemente a automedicação, sendo os antifúngicos disponíveis sem a necessidade de prescrição médica. Logo, muitas estimativas podem ser baseadas em erros diagnósticos.