A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) abrange uma gama de doenças hepáticas crônicas que ocorrem na ausência do consumo de álcool. Durante a obesidade, em resposta às complicações causadas pelo aumento da massa do tecido adiposo, juntamente com o estado de inflamação crônica de baixo grau, característico da obesidade, ocorre um acúmulo ectópico de gordura no fígado, conduzindo ao desenvolvimento da esteatose hepática que pode evoluir para quadros mais graves da doença. Este estado inflamatório resultante da obesidade é caracterizado por um desbalanço metabólico ativando genes de síntese de ácidos graxos livres conduzindo para uma inflamação tecidual podendo desenvolver para um estado fibrótico. Estudos realizados mostram que o uso de compostos bioativos vem sendo modelo para o tratamento da DHGNA e parece exibir efeitos benéficos, por possuírem uma atividade antioxidante e anti-inflamatória. O chá verde vem exibindo um importante efeito hepatoprotetor, prevenindo o desenvolvimento da esteatose em camundongos obesos. No presente estudo o objetivo foi investigar o papel do chá verde (mix de catequinas) no metabolismo de células hepáticas da linhagem HepG2 induzidos à esteatose.Foi avaliado o acúmulo hepático de lipídios atravésde análises bioquímicas do conteúdo lipídico, além de avaliação por qPCR de genes chaves do metabolismo lipídico.Nossos resultados sugerem que o mix de catequinas modulam genes que induzem a DHGNA através das propriedades farmacológicas que possuem, protegendo dessa forma as células da progressão para um quadro mais grave da doença.O entendimento dos mecanismos aqui propostos é importante para abrir novas perspectivas no tratamento e/ou prevenção da DHGNA.