Artigo Científico
A importância da análise de DNA na identificação de desaparecidos em Minas Gerais
Autor
de Brito, Maria Júlia Moreira
de Aragão, Vivian Rezende
da Silva, Ana Maria Nunes
Institución
Resumen
No dia 25 de maio de 2021 o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), lançou a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, para então mudar o cenário em que hoje se encontra o Brasil, com mais de 80 mil pessoas desaparecidas e apenas 3 mil perfis coletados e armazenados no banco de dados de DNA.
O trabalho desenvolvido teve como proposta avaliar o papel da análise de DNA na identificação de pessoas desaparecidas em Minas Gerais, após a campanha de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecida coordenada pelo governo federal e pela PCMG bem como analisar o perfil de pessoas desaparecidas registradas no sistema informatizado da Polícia Civil de Minas Gerais. Observou-se pelos dados polícia que o maior contingente de registro de desaparecidos pertence a faixa etária dos adultos, seguido por adolescentes. Entende-se que o sistema de registro de pessoas desaparecidas é eficiente, porém, existem casos não encerrados por falta de informações dos familiares, que muitas vezes, não comunicam o aparecimento do indivíduo. No entanto, constata-se por meio das respostas obtidas no formulário que a campanha de coleta de DNA em familiares de pessoas desaparecidas foi fraca, escassa em informações e pouco divulgada, uma vez que a grande maioria dos entrevistados desconhece o ponto de apoio para coleta, bem como esta coleta é realizada. Entretanto, a campanha já apresentou dois casos de sucesso, isto é, dois indivíduos que vieram a óbito sem identificação já foram identificados.