Atualmente, bruxismo é um termo usado para a atividade muscular repetitiva da mandíbula, caracterizada por ranger ou apertar os dentes, apoiando ou empurrando a mandíbula, durante o sono ou vigília. É uma condição oral de grande relevância para pesquisadores e clínicos das áreas de medicina do sono, neurologia e psicologia e, por conta de seu grande impacto clínico sobre o sistema estomatognático, o bruxismo também é uma fonte de preocupação para o cirurgião-dentista. Os tratamentos do bruxismo têm como alvo comum a diminuição da atividade muscular, a proteção dos dentes, e das articulações temporomandibulares. Por esse motivo, diversas opções de tratamento foram introduzidas para alcançar esse objetivo, embora não haja consenso quanto à abordagem de um tratamento mais eficaz. Uso de placas oclusais, fisioterapia, tratamentos farmacológicos, abordagem comportamental, e psicoterapia são exemplos das linhas de tratamento sugeridas para esse distúrbio. A aplicação da toxina botulínica tem se mostrado eficaz para uma variedade de distúrbios e condições médicas, inclusive para o bruxismo. O objetivo do presente estudo visou avaliar através de uma revisão de literatura a aplicação da toxina botulínica para o tratamento do bruxismo.