A cinesiofobia é um problema real caracterizado pelo medo ilógico, exagerado e desorientado de realizar exercício ou atividade física. O fator psicológico é o mais importante e impactante em pacientes diagnosticados com doenças crônicas ou que necessitam de intervenção fisioterapêutica para reabilitação após eventos de traumas ou pós-operatórios. Pacientes que apresentam alterações psicológicas como depressão e ansiedade tendem a desenvolver o quadro de cinesiofobia com mais facilidade, exibindo sinais de crença da evitação e de catastrofização. Tais características contribuem para a formação do ciclo da dor e da evitação, quanto mais o paciente sente dor, evita, consequentemente, a realização de exercícios e movimentos, por fim, o quadro álgico eleva-se dando continuidade ao ciclo da dor, com impactos futuros a médio prazo na mobilidade e força do indivíduo. A pesquisa foi desenvolvida com o propósito de discutir a respeito da cinesiofobia e as repercussões durante o processo de reabilitação do paciente com doença crônica ou distúrbios biomecânicos em ambiente ambulatorial, e os objetivos específicos foram compreender a atuação do fisioterapeuta no ambiente ambulatorial, apresentar as doenças com maior associação à cinesiofobia, discutir os métodos de avaliação da fobia ao movimento e discutir o tratamento multidisciplinar da cinesiofobia, com ênfase na atuação fisioterapêutica. Desse modo, a presente pesquisa trata de uma revisão integrativa, a qual utilizou os seguintes descritores: “cinesiofobia”, “medo do movimento”, “medo da dor”, “cinesioterapia”, “terapia com exercício" e “fisioterapia ambulatorial” nos idiomas português e inglês. A monografia foi elaborada entre os meses de fevereiro e maio de 2022, período correspondente ao tempo utilizado para realização da pesquisa sistemática relacionada ao tema do trabalho. Foram utilizados artigos publicados no intervalo entre 2012 e 2022, as bases de dados utilizadas foram: LILACS, MEDLINE/PubMed, PEDro, BVS e SciELO. Em suma, a fisioterapia em associação com a equipe multidisciplinar no ambiente ambulatorial expõe significativa ação de intervenção quanto aos pacientes com cinesiofobia. A escolha de condutas terapêuticas associadas à terapia cognitivo-comportamental, além de terapias inovadoras com auxílio da tecnologia de realidade virtual e exercícios terapêuticos, promove no paciente uma melhora na qualidade de vida e uma reabilitação de sucesso. No entanto, a escassez de pesquisas no campo da cinesiofobia, acende um alerta quanto à necessidade científica de levar aos holofotes da pesquisa científica o aprofundamento quanto aos impactos reais e às intervenções incisivas para a melhora do paciente que manifesta medo do movimento.Kinesiophobia is a real problem characterized by an illogical, exaggerated and disoriented fear of performing exercise or physical activity. The psychological factor is the most important and impacting in patients diagnosed with chronic diseases or those who need physicaltherapy intervention for rehabilitation after trauma or post-operative events. Patients who present psychological changes such as depression and anxiety tend to develop kinesiophobia more easily, showing signs of pain-avoidance and catastrophizing beliefs. Such characteristics contribute to pain-cycle formation as well the avoidance one. This way, the more a patient feels pain, more they avoid the exercises and movements performance. Finally, the pain situation increases, resulting medium-term future impacts on the individual's mobility and strength. That research was developed with the purpose of discussing kinesiophobia and its repercussions during the rehabilitation process of patients with chronic disease or biomechanical disorders in an outpatient environment. The specific objectives of this essay are to understand the physiotherapist performance in the outpatient environment, as well to present the diseases with greater association with kinesiophobia, discuss the methods for evaluating phobia to movement and the multidisciplinary treatment of kinesiophobia, with emphasis on physicaltherapy. Thus, the present research is an integrative review, in which the following descriptors were used: "kinesiophobia", "fear of movement", "fear of pain", "kinesiotherapy", "exercise therapy" and “outpatient physiotherapy” in Portuguese and English. That final paper was prepared between the months of February and May 2022, the period corresponding to the time used to carry out the systematic research related to the subject of the essay. Articles published between 2012 and 2022 were used, the databases used were: LILACS, MEDLINE/PubMed, PEDro, VHL and SciELO. In summary, physicaltherapy in association with the multidisciplinary team in the outpatient setting shows a relevant action of intervention for patients with kinesiophobia. The choice of therapeutic approaches associated with cognitive-behavioral therapy, in addition to innovative therapies with the aid of virtual reality technology and therapeutic exercises, promote an improvement in the patients’ quality of life and successful rehabilitation. However, the scarcity of research in the field of kinesiophobia raises a red flag regarding the scientific need to bring to the spotlight of that research, the deepening of the real impacts and incisive interventions for the improvement of the patient who expresses fear of movement.