Monografia
Intervenção fisioterapêutica em pacientes diagnosticados pela doença de Osgood-schlatter
Autor
Santana A, Celine
Institución
Resumen
A adolescência é marcada pelo desenvolvimento da maturação biológica, com
estruturas musculoesqueléticas vulneráveis a lesões pela incapacidade de absorver
as forças aplicadas durante o exercício. A partir disso, a síndrome de Osgood-Schlatter é uma apofisite de tração, apresentada com dor intensa e contínua na
tuberosidade anterior da tíbia, frequentemente associada a um elevado grau de
incapacidade funcional, ocasionada pelo uso repetitivo do aparelho extensor do joelho
em adolescentes fisicamente ativos. Mediante a isso, é crucial fomentar discussões
repercutindo a abordagem de atendimento multidisciplinar, aliado a atenção familiar
no desenvolvimento da criança e do adolescente a partir da sua inserção na prática
regular de atividades físicas, desportivas ou recreativas, de modo a promover
habilidades motoras que previna o acometimento de lesões. Desse modo, a pesquisa
tem como objetivo geral propor uma análise sobre métodos de intervenção da
fisioterapia propostos na literatura, para prevenção e tratamento da síndrome de
Osgood-Schlatter, discutindo sobre a prática clínica do fisioterapeuta mediante os
sintomas apresentados pela lesão, e como objetivos específicos compreender a
síndrome de Osgood-Schlatter, bem como as alterações anatômicas da infância à
puberdade, observando as fragilidades morfológicas do sistema musculoesquelético,
afim de analisar os mecanismos de lesão no decurso do surto de crescimento, ao
passo que possibilite discutir sobre as manifestações osteomusculares e limitações
funcionais na doença de Osgood-Schlatter. Por conseguinte, o presente trabalho tratase de uma pesquisa integrativa, e para sua construção foram utilizados os seguintes
descritores: “fisioterapia”, “osteocondroses”, “atletas”, “adolescente” em idiomas
português, inglês e espanhol. Foi realizada uma pesquisa entre os meses de março e
junho, a partir de uma revisão sistemática acerca do tema proposto. Foram utilizados
trabalhos publicados entre o ano de 2011 e 2021, encontrados nos principais
periódicos em saúde e bases de dados científica como: LILACS, MEDLINE/PubMed
e SciELO, seguindo critérios que contemplem os assuntos abordados ao longo da
pesquisa. Ademais, a síndrome de Osgood-Schlatter pode desencadear uma série de
alterações morfológicas e biomecânicas na articulação do joelho, oriunda de
microalvulsões ósseas com ossificação secundária na tuberosidade anterior da tíbia,
ocasionando um processo inflamatório na inserção do tendão patelar, que gera dor,
edema, e perda parcial da função. Embora seja uma doença de melhora progressiva
com decorrer da idade, é evidenciado que os sintomas podem permanecer na fase
adulta em até 10% dos pacientes com esse diagnóstico, culminando em lacunas e
incapacidades motoras. Diante disso, com intuito de sanar os sintomas característicos
da síndrome de Osgood-Schlatter e prevenir recidivas, a fisioterapia participa da
intervenção direta, a partir de condutas direcionadas para um tratamento conservador
eficaz em busca de um prognóstico favorável, além de promover medidas de
prevenção de lesões na infância e na adolescência, a partir de estímulos para um
maior preparo físico e realização adequadas das atividades exercidas pelos jovens
atletas, proporcionando maior qualidade de vida aos adolescentes.