Artigo Científico
Tempo de retorno às atividades laborativas e recreacionais após tratamento cirúrgico da fratura de tornozelo e fatores associados
Reestablishment time of work and recreational activites after surgical treatment of ankle fracture
Autor
Franco, Rafaela de Siqueira
Institución
Resumen
Objective: Ankle fractures represent 9% of skeletal fractures. Systematic reviews of time and conditions of return to work and sports activities after an ankle fracture are varied. The present study aims to describe the profile of the patient with ankle fracture submitted to surgical treatment and the associated factors of the labor and recreational rehabilitation of the patients.
Methods: A cross-sectional study carried out at the São José Regional Hospital with data collection in the electronic medical record of 75 patients who underwent surgical treatment and a questionnaire application during the period from January 2014 until June 2017.
Results: Of the 75 patients interviewed, 43 met the inclusion and exclusion criteria. The mean time elapsed between fracture and surgery was 5.14 days. The average return to work average was 4.58 months and recreational 5.11 months. 75% of the patients who returned to the recreational activity also returned to work (p = 0.017). Only 20% of patients receiving support of INSS returned to work (p = 0.026). The correlation between the AOFAS score and the return to work did not present statistical significance.
Conclusions: The data obtained during the data analysis corroborate with those described in the available literature, presenting epidemiological characteristics and similar postoperative recovery intervals. In the present study, no association was found between physical therapy after surgical treatment and patients' return to activities. A large number of patients remain disabled even after the period evaluated by the study. Objetivo: As fraturas do tornozelo representam 9% das fraturas do esqueleto. Revisões sistemáticas sobre o tempo e condições de retorno às atividades laborais e esportivas após a fratura do tornozelo são variados. O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil do paciente com fratura do tornozelo submetido ao tratamento cirúrgico e os fatores associados à reabilitação profissional e recreacional.
Métodos: Estudo transversal realizado no Hospital Regional de São José com levantamento de dados no prontuário eletrônico de 75 pacientes que realizaram tratamento cirúrgico e aplicação do questionário durante o período de Janeiro de 2014 até Junho de 2017.
Resultados: Dos 75 pacientes entrevistados, 43 cumpriram os critérios de inclusão e exclusão. O tempo médio transcorrido entre a fratura e a cirurgia foi de 5,14 dias. A média de retorno às atividades laborativas foi de 4,58 meses e recreacionais de 5,11 meses. 75% dos pacientes que retornaram à atividade recreacional também retornaram às atividades laborais (p=0,017). Apenas 20% dos pacientes que receberam o auxílio do Instituto Nacional do Seguro Social retornaram às atividades laborativas (p= 0,026). A correlação entre o escore de AOFAS e o retorno ao trabalho não apresentou significância estatística.
Conclusão: Os dados obtidos durante a análise de dados corroboram com os descritos na literatura disponível, apresentando características epidemiológicas e intervalos de recuperação pós-operatória similares. No presente estudo não foi encontrado relação entre a realização de fisioterapia após o tratamento cirúrgico e o retorno dos pacientes às atividades. Observa-se ainda um número elevado de pacientes que permanecem incapacitados mesmo após o período avaliado pelo estudo.