O objetivo deste trabalho é resgatar a história da cidade de Canudos, brutalmente massacrada no passado por uma guerra travada pelo Exército brasileiro contra Antônio Conselheiro e seus peregrinos, e que, após sua reconstrução foi mais uma vez destruída quando Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, como forma de esconder as lembranças da guerra, ordenou que se construísse o açude de Cocorobó, assim Canudos foi inundada pelas águas do Rio Vaza Barris, com o intuito de apagar sua memória e os seus ideais, porém, ainda são existentes ruínas que mostram esses episódios, no entanto são vistas apenas em período de escassez de água. As ruínas ficam localizadas no território do Parque Estadual de Canudos, um parque arqueológico fundado pelo Estado da Bahia, gerido pela UNEB, que buscou interceder pela identidade desse povo, preservando o local e todo o ambiente onde ocorreu a guerra. Desta forma foi desenvolvido um projeto arquitetônico com o objetivo de visualizar as ruínas durante todo o ano por meio de uma cápsula de vidro adaptada a um píer flutuante, juntamente com o museu que oferecerá oficinas e sistemas educacionais relacionados com a cultura local, propondo inovação e lazer aos turistas e a população, baseados no conceito histórico do IPHAN, mostrando o desenvolvimento de preservação e cuidados com o patrimônio, enfatizando os aspectos de bens culturais, materiais, imateriais e relatando o que é a paisagem patrimonial, logo, todas essas características são permanentes na cidade de Canudos que mantém sua cultura viva. Como o seu forte é turismo, foi pensado em um espaço que oportunizasse conhecer a história, fornecendo conforto e lazer para os visitantes, com a função de preservar as ruínas existentes e priorizando o seu patrimônio histórico, cultural e arqueológico.