Atualmente, os criminosos com traços aparentes de psicopatia que adentram ao sistema carcerário brasileiro possuem dois caminhos a serem traçados, podendo ser classificados como imputáveis ou semi-imputáveis, cabendo-lhes um procedimento que visa o tratamento ou a punição e posterior retorno para o convívio social, respectivamente. No entanto, o tratamento concedido pelo ordenamento jurídico atual não comporta as peculiaridades inerentes da personalidade psicopata, sendo necessário a criação de uma política criminal própria que atinja a eficácia no tratamento do criminoso psicopata, sem gerar uma situação de vulnerabilidade social. Destarte, este trabalho busca estudar as formas de se enfrentar a problemática apresentada, traçando a relevância do incremento de uma política criminal própria que analise o conceito de culpabilidade e seus elementos, juntamente com a função social da pena e associá-los aos traços singulares do comportamento psicopata, conjuntamente à sua alta probabilidade de reincidência em casos cada vez mais graves e, através de uma metodologia qualitativa, demonstrar a problemática atual e propor o diagnóstico prévio do criminoso psicopata e seu tratamento diferenciado dos demais presos. Dessa forma, seria possível diminuir o índice de reincidência dos criminosos diagnosticados com psicopatia e dar segurança jurídica para a sociedade, evitando crimes de grande violência.