Artigo Científico
Prevalência de DMO-DRC em pacientes sob tratamento hemodialítico
Prevalence of CDK-MBD in patients under hemodialytic treatment
Autor
Ramos, Renata Zanellatto
Institución
Resumen
Introdução: Com o avançar da DRC e consequente queda da função renal, ocorre uma alteração na homeostase dos minerais. Isso faz com que se estabeleça o Distúrbio Mineral Ósseo associado à DRC (DMO-DRC). A DMO-DRC é uma doença de alta prevalência, estima-se que 90% dos pacientes com DRC em tratamento dialítico irão desenvolver hiperparatireoidismo secundário (HPTS). Apesar de sua alta prevalência, pode se considerar que é pouco diagnosticada e tratada. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência, perfil bioquímico e medicamentos associadas à DMO-DRC. Métodos: Estudo transversal realizado em uma Clínica de Doenças Renais de Tubarão, Santa Catarina. Foram analisados dados demográficos, clínicos e laboratoriais para caracterização da DMO-DRC, no período de setembro de 2018 à janeiro de 2019. Resultados: A maioria da população com DRC eram homens com a média de idade de 55 anos. A Nefroesclerose Hipertensiva foi a principal doença de base. A prevalência de DMO-DRC observada foi de 27%. A média de Cálcio foi de 8,85 mg/dL; Fosfato de 6,13mg/dL; PTH de 653,49pg/mL; Fosfatase Alcalina de 194,03 U/mL e Produto Cálcio x Fósforo de 54,66. Destes, 16,2% faziam uso de medicamentos específicos para DMO, sendo os quelantes de fósforo os mais prevalentes e não houve associação entre tratamento farmacológico e os exames laboratoriais. Conclusão: A maioria dos pacientes com DMO-DRC não fazia uso de medicamentos específicos para a DMO. Os mais utilizados foram os quelantes de fósforo carbonato de cálcio e sevelamer. Esses resultados sugerem que os pacientes estavam subtratados e chama-se atenção para maior monitorização dos exames laboratoriais da população em hemodiálise para detecção precoce e início de tratamento para evitar possíveis complicações e diminuir a mortalidade desses pacientes.