Os Estudos de Segurança Internacional (ESI) são uma área do conhecimento recente, que surgem em 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial. Analisando a evolução desta sub-área das Relações Internacionais, que primeiro se dedicava a entender a segurança a partir do Estado, é possível compreender o que o sistema internacional entendia como desafios. Contudo, na década de 1990, abordagens que colocaram o indivíduo como objeto de referência ganham força, dentre elas a da Segurança Humana, proposta pelo Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas em 1994. Após compreender esse ramo dos ESI, o presente trabalho toma como objeto o trafico humano, analisando a temática no cenário atual e o seu principal instrumento de combate, o Protocolo de Palermo. Sob a ótica da segurança humana, evidencia-se que este mecanismo não é suficiente para enfrentar tráfico de pessoas, uma vez que não vai além da punição dos criminosos, convergindo com as abordagens estadocentricas dos ESI.