Os indivíduos que possuem o Transtorno da Personalidade Antissocial devastam a sociedade com suas ações, seja por sua tendência a falsidade, irritabilidade, agressividade, descaso pela segurança de si ou de outros, acrescendo sua total desconsideração e violação pelos direitos de outras pessoas como define o Manual Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais (DSM-5) desse modo, suas condutas rompem com o contrato social. O seu padrão comportamental desperta os olhares da sociedade quando cometem crimes violentos, instigando sentimento de insegurança e impunidade que precisam ser apaziguados pelo Estado. A posição adotada pelos Tribunais carece de análise, levantando-se questionamentos sobre a efetividade do sistema punitivo brasileiro e da necessidade da criação de uma medida específica para lidar com um transtorno até então incurável que pode piorar dependendo do tratamento aplicado. O direito é uma ciência interdisciplinar que deve neste caso comunicar-se diretamente com a psicologia para atender melhor às necessidades da sociedade e buscar diminuir os impactos causados por indivíduos considerados “sem consciência”.