A obesidade é uma doença multifatorial que virou um problema de saúde pública. Junto a isso, existe uma crescente preocupação com a aparência e o peso corporal, associado a imposição e influência das redes sociais, sendo a abordagem mais comum a busca por dietas restritivas. Com isso o presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise sobre dietas restritivas em indivíduos em processo de emagrecimento. Constitui se de revisão de uma literatura realizada através de busca em bases de dados eletrônicos de artigos científicos no período entre 2003 a 2021. A análise dos resultados destaca uma significativa relação das práticas de dietas restritivas no surgimento da compulsão alimentar. Se tratando da prática de dietas restritivas, a maior dificuldade apresentada é na adesão do paciente, longevidade do tratamento e sua sustentabilidade. Foi relatado em muitos casos, a interrupção da abordagem antes de 1 a 2 anos por várias razões, muitas vezes porque era insustentável por parte do paciente e por ter uma escolha muito limitada de alimentos. A não sustentabilidade da dieta faz com que, muitas vezes, o paciente entre no famoso "efeito sanfona", ganhando ainda mais peso e retroalimentando o ciclo das dietas restritivas. A prática da restrição alimentar trás pode levar a comportamentos compulsivos, como um mecanismo de compensação ao sofrimento causado pela restrição alimentar e posteriormente o desenvolvimento de compulsão alimentar. Apesar da necessidade de mais estudos e resultados concretos, ainda assim é importante salientar a importância da educação nutricional no ambiente social e de ter um acompanhamento de um profissional da área.