As doenças do trato respiratório inferior são um grande problema de saúde pública a nível mundial e estão entre as maiores causas de morbimortalidade em todo o mundo. A pneumonia faz parte dessa lista sendo uma doença respiratória que atinge os alvéolos pulmonares, dificultando a respiração, podendo atingir todas as faixas etárias. Na pandemia de 2009, com a H1N1, foi observado que a pneumonia bacteriana teve uma grande prevalência entre os óbitos. No ano de 2020, o mundo deparou-se com a maior pandemia já vista em pelo menos 100 anos, a nova doença infecciosa causada pelo novo coronavírus teve uma alta prevalência em admissões em UTIs e na diminuição da população mundial. Sabendo que coinfecções bacterianas foram um desafio em pandemias de um vírus respiratório, é de extrema importância traçar o perfil epidemiológico das infecções bacterianas que coabitam com o SARS-CoV-2 no sistema respiratório. A falta de recursos, a falta de preparo, o sistema de saúde sobrecarregado e a necessidade de uma opção para tratamento imediata poderia possibilitar o surgimento de resistência bacteriana e superbactérias. A coleta de dados dessa revisão de literatura foi com base de estudos publicados de diferentes países em revistas indexadas. Observou-se então que a idade avançada nos pacientes com COVID-19 e algumas comorbidades foram fatores essenciais para o agravamento de estado de saúde de um paciente com coinfecções bacterianas, sendo as espécies Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii, Klebisella pneumoniae e Pseudonomas aeruginosa as mais prevalentes nesse público, demonstrou-se também que com um longo período de internação e o uso de ventilação mecânica as chances de sobrevivência desses pacientes reduziu drasticamente.