Artigo Científico
Sífilis em mulheres privadas de liberdade e as vulnerabilidades na assistência de enfermagem
Autor
Ramos, Claudia
Santana, Lorena
Padilha, Thais
Sa, Vanessa
Institución
Resumen
SÍFILIS EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE E AS VULNERABILIDADES NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
CLAUDIA MARIA PEREIRA RAMOS1, LORENA CAROLINE PEREIRA SANTANA2, THAIS LAIANE DE OLIVEIRA PADILHA3, VANESSA FELIX DE OLIVEIRA SÁ4, BARBARA JACQUELINE PERES BARBOSA⁵
1Discente de Enfermagem, E-mail: claudia290977@hotmail.com; 2Discente de Enfermagem, E-mail: lorenacaroline007@hotmail.com; 3Discente de Enfermagem, E-mail: thaislaiane@hotmail.com; 4Discente de Enfermagem, E-mail: Vanessa.sa2423@gmail.com;
⁵ Docente orientador, E-mail: barbara.barbosa@anhembi.br
Introdução: De acordo com os Dados do Departamento Penitenciário Nacional, o Brasil ocupa a quarta posição em relação a população carcerária feminina. O direito à saúde da população carcerária no Brasil está embasado na Lei de Execução Penal de 1984, e especificamente às mulheres presas destaca-se, a Política Nacional de Atenção às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional, publicada em 2014. A sífilis se destaca como um problema de saúde pública, o confinamento apresenta um ambiente desfavorável, nocivo e de alto risco para disseminação de doenças. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico e epidemiológico das mulheres privadas de liberdade, com ênfase na prevalência de sífilis e as vulnerabilidades na assistência de enfermagem. Material e Método: Foi realizado uma revisão integrativa da literatura a partir das bases de dados Lilacs, BDENF e Medline, contidas no Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) aplicando os seguintes Descritores de Ciências da Saúde: Assistência Integral à saúde da Mulher, Cárcere, Sífilis e Vulnerabilidade em Saúde, extraídos do correlacionados por meio do operador booleano AND e OR. Inicialmente tivemos 217.379 artigos, após aplicar os filtros: texto completo, idioma português, base de dados e últimos 05 anos, totalizamos 897 artigos, a partir da leitura de título e resumo foram selecionados 18 artigos e após leitura na integra totalizaram 12 artigos. Resultados e Discussão: Entre as mulheres presidiárias, observou-se a presença de baixo nível socioeconômico, educacional, sociais, residentes de periferias, descendentes de famílias desestruturadas, em sua maioria jovens. Grande parte das mulheres não realizam acompanhamento médico após o ingresso na prisão, contribuindo para a disseminação de sífilis e das demais doenças. Esse agravo ocorre devido à falta de cuidados ofertados pelos presídios e a escassez na assistência de enfermagem. Através dos artigos estudados, podemos ver que grande parte se infectou através da sua vida sexual instável, não tendo um parceiro fixo, se relacionando com muitos homens ou até mesmo pessoas do mesmo sexo. A multiplicidade de parceiros com prática de relações sexuais sem preservativos é um dos pontos para serem avaliados quanto a vulnerabilidade a estas doenças. Vale ressaltar que as condições socioeconômicas desfavoráveis são importantes fatores de risco e de vulnerabilidade para a sífilis. Conclusão: Foi possível conhecer os problemas de saúde relacionado ao sistema carcerário e compreender a vida destas mulheres, podendo permitir atividades preventivas e de promoção à saúde, com resultados satisfatórios. Frente a isso, as políticas públicas de saúde junto as unidades prisionais e profissionais de saúde, devem responsabilizar-se pelo fornecimento de ações como aconselhamento, diagnóstico de infecções, tratamento apropriado, ações educativas, orientação quanto aos tratamentos propostos e recomendações para prevenção da transmissão de doenças. Implicações para a Enfermagem: Os dados permitem obter um panorama geral quanto a esse agravo de saúde e expor as vulnerabilidades das mulheres privadas de liberdade. Com isso, é possível buscar mais conhecimento, incentivar as políticas públicas de saúde, prestar assistência integral as mulheres, a fim de suprir as necessidades de saúde percebidas entre as mulheres privadas de liberdade.
Descritores: assistência integral à saúde da mulher; cárcere; sífilis; vulnerabilidade em saúde.