Tese
Análise crítica multimodal da comodificação de homens e mulheres em capas de CDs funk
Autor
Oliveira, Edinéia Aparecida Chaves de
Institución
Resumen
In this study, based on ACD and from metafunctions of language of Grammar of Visual Design by Kress and van Leeuwen (1996, 2001), I analyze multimodal commodification of women and men in forty funk 2012 CD covers. I hypothesized that men and women are asymmetrically commodified, so that (i) men are represented as subjects and women as objects in these promotional texts, and (ii) these differences are evidence of marked social representations for men and women in the funk movement. The findings suggest that funk promotion essentially commodifies images of people (38 covers). In these examples, men are represented as Masters of Ceremonies (MCs), Disk Jockeys (DJs) or singers in images that (i) highlight their professional and artistic protagonist role in dances, and (ii) present some of their objects of desire, including cars, jewelry and women. Women are represented as dancers, or sexily pose for the interactive male participant to invite him to enjoy of the music or even seduce him (fetish body). These results support the hypothesis that men are subject of the movement, and women are part of the list of theirs objects of desire and power. The images project a social representation of a male consumer who wants to have the same success of the protagonists and the same objects of desire, including women. This demarked division of social roles in the representations of funk CD covers, by hypothesis, must be a consequence of the larger context of the dances, the music and the movement itself. It is reasonable to assume, therefore, that these representations are clues of sexist positions that favor men over women in a larger culture structure that controls these practices and discourses. Analisa-se neste estudo, com base na ACD e nas metafunções da linguagem da Gramática Visual de Kress e van Leeuwen (1996, 2001), a comodificação multimodal de homens e mulheres em quarenta capas de CD de música funk de 2012. O trabalho partiu da hipótese de que homens e mulheres são comodificados assimetricamente, de tal modo que (a) homens são representados como sujeitos e mulheres como objetos nesses textos promocionais; e (b) essas diferenças são indícios de representações sociais demarcadas para homens e mulheres no movimento funk. Os achados sugerem que a promoção do gênero comodifica pessoas essencialmente (38 capas). Nesses exemplares, homens são representados como Mestres de Cerimônias (MCs), Disk Jóqueis (DJs) ou cantores em imagens que (a) destacam seu protagonismo profissional e artístico nos bailes e (b) apresentam alguns de seus objetos de desejo, entre os quais carros, joias e mulheres. Mulheres são representadas como dançarinas ou posam sensualmente para um participante interativo masculino para convidá-lo à fruição da música ou mesmo seduzi-lo (corpo de fetiche). Esses resultados corroboram a hipótese de que homens são sujeitos do movimento e mulheres fazem parte da lista de seus objetos de desejo e de poder. As imagens projetam uma representação social de um consumidor masculino que quer ter o sucesso dos protagonistas e os mesmos objetos de desejo, incluindo as mulheres. Essa divisão marcada de papéis sociais nas representações de capas de CD funk, por hipótese, deve ser consequência do contexto maior dos bailes, das músicas e do próprio movimento funk. É razoável supor, portanto, que essas representações são pistas de posições sexistas que privilegiam homens sobre mulheres numa estrutura de cultura maior que domina essas práticas e discursos.