O processo de intervenção com crianças é complexo e desafiante, por conseguinte, crianças que apresentam especificidades em seu desenvolvimento, como é o caso de crianças com autismo, necessitam de intervenções que visem a aprimorar suas habilidades sensoriais, psicomotoras e sociais. Desse modo, este estudo teve como objetivo analisar, a partir de uma revisão de literatura, estudos que abordassem o uso da ludicidade com crianças autistas no contexto de intervenção psicológica, a partir da perspectiva da Gestalt-Terapia. Para isso, consultou-se as bases de dados científicas, Scientific Electronic Library Online (SCIELO Brasil), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), catálogo da biblioteca virtual da Universidade, revista IGT na Rede e Revista Valore durante os meses de outubro e novembro de 2021. Nesta revisão, incluíram-se artigos e capítulos de livros publicados entre os anos de 2015 e 2020 na língua portuguesa. Foram recuperados 65 artigos e um capítulo de livro. Desses, dois foram analisados. Os resultados desta revisão indicaram que as principais técnicas lúdicas utilizadas foram jogos e brincadeiras do interesse das crianças, inserção na família no processo psicoterápico e o teste psicológico HTP. Além disso, verificou que, para o exercício de psicoterapia infantil na clínica gestáltica, é importante que o psicoterapeuta tenha domínio nos pressupostos teóricos da Gestalt-terapia, a fim de selecionar jogos e brincadeiras que possibilitem à criança autista vivenciar suas experiências de contato consigo, com o outro e com o mundo.