A cognição pode ser definida como um composto de funções mentais, tendo relação com aquisição, armazenamento e faz o uso dos conhecimentos adquiridos, fatores importantes do sujeito e sua interação com o que os cerca. A manutenção da cognição é importante, pois influencia a independência e a autonomia do indivíduo, podendo prevenir ou mesmo retardar o processo de degeneração do cérebro. Hábitos inadequados como tabagismo, sedentarismo, elevado consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em gordura e açúcares aumentam da formação de proteínas modificadas por glicação avançada (AGEs). Esse trabalho visou estimar o consumo e a formação de produtos de glicação avançada (advanced glycation end products – AGEs) e correlacionar com a capacidade cognitiva avaliada em adultos. O projeto foi aprovado pelo CEP, sob número do parecer e 5.397.692 o número do CAAE 55683822.5.0000.0089. Participaram 30 indivíduos com média de idade de 31 anos, sendo a maioria mulheres, estado civil solteiro, com ensino superior incompleto, não praticantes de atividade física, sem doenças adquiridas e fonte de renda o trabalho. A amostra obteve baixo desempenho cognitivo, no qual mulheres obtiveram resultados superiores quando comparado com os homens. Também foi apontado que quanto maior a escolaridade dos participantes, maior foi o desempenho no MEEM. Nas tarefas que avaliaram a linguagem, quanto maior a idade dos participantes, menor o desempenho. Os resultados indicaram um alto consumo de AGE e a partir disso, foi observado uma correlação negativa entre a capacidade cognitiva e o consumo de AGE, indicando que quanto maior esse consumo, pior o desempenho cognitivo dos participantes. É importante uma constante atualização dos estudos que façam o rastreio dos fatores que possam influenciar a cognição em adultos saudáveis, pois será uma forma de verificar o que pode contribuir para o declínio cognitivo durante o processo natural do envelhecimento.