Artigo Científico
Tendência temporal de mortalidade e letalidade por meningites no Estado de Santa Catarina, entre 2007 e 2017
Temporal trend of meningitis mortality and lethality in the State of Santa Catarina, between 2007 and 2017
Autor
Schroetter, Thiago Arruda Ramos
Institución
Resumen
Meningitis is an infectious disease of worldwide distribution and high incidence in the southern region of Brazil, considered endemic in the State of Santa Catarina. Represents a public health issue due do their relevant morbimortality rates. The study aims to analyze the temporal trend of meningitis mortality and lethality in the State of Santa Catarina between 2007 and 2017. Ecological study of time series with data information obtained in the reporting system and notifications database (Sistema de Infomração de Agravos e Notificação), available by the informatics department of the Brazilian unified health system. 735 reports of meningitis that evolved to death were included to statistical analysis and the coefficients were standardized by the direct method and simple linear regression, using software Statistical Package for the Social Sciences 18.0 program. The general mortality rate was 1.16 / 100,000 inhabitants (p 0.214; β - 0.027) and lethality rate was 8.54% (p 0.339; β 0.001) and both presented tendency of stability during the period, except for mortality in the age group of less than 1 year, which presented a tendency to decrease (p .037; β - 0.694). Deaths predominated in males, in the age group of less than 1 year, age group older than 80 years, in the macroregion of greater Florianópolis, the macroregion of Itajaí valley and in the cases of meningitis due to other etiologies and bacterial meningitis. The organzation of preventiative as well as spread control measures are determinants for the reduction of death rates and lethality due to meningitis. A meningite é uma doença infectocontagiosa de distribuição mundial com alta incidência no Sul do Brasil, considerada endêmica no Estado de Santa Catarina. Representa uma questão de saúde pública que mantêm taxas de morbimortalidade e letalidade relevantes. O estudo objetiva analisar a tendência temporal da mortalidade e letalidade por meningites no Estado de Santa Catarina entre 2007 e 2017. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais e as informações de dados secundários foram obtidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, disponibilizadas pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram incluídas 735 notificações de meningites que evoluíram a óbito e a análise estatística das taxas foi realizada com coeficientes padronizados por método de regressão linear simples, através do Statistical Package for the Social Sciences 18.0 program. A taxa geral de mortalidade foi igual a 1,16/100.000 habitantes (p 0,214; β – 0,027) e de letalidade 8,54% (p 0,339; β 0,001), sendo que as taxas gerais e específicas de mortalidade e letalidade apresentaram tendência de estabilidade durante o período, exceto a mortalidade na faixa etária referente aos menores de 1 ano, que apresentou tendência de redução (p 0,037; β – 0,694). Os óbitos predominaram no sexo masculino, na faixa etária referente aos menores de 1 ano e maiores de 80 anos, nas macrorregiões Grande Florianópolis e Vale do Itajaí e nas meningites por outras etiologias e meningites bacterianas. A estruturação das ações de prevenção e controle são determinantes para a redução das taxas de mortalidade e letalidade por meningites.