Introdução: A ocorrência de acidentes de trabalho (AT) gera grande impacto social e econômico, principalmente quando ocorre o óbito. AT fatal é aquele que leva a morte imediata após seu acontecimento ou o óbito que ocorra em qualquer tempo em decorrência de AT. O Brasil convive com grande subnotificação nos registros de mortes por acidentes de trabalho. Com a implementação do campo 57 “acidente de trabalho” nas Declarações de Óbito - DO em 1996, o Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM, tornou-se de grande valia para a identificação de falecimentos durante o período laboral. O estudo buscou analisar a evolução temporal da mortalidade ocupacional no Brasil no período de 2005 a 2015 segundo os registros do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM). Metodologia: Estudo exploratório de tipo ecológico com análise de série temporal, com o estudo de todos os óbitos ocupacionais ocorridos no Brasil no período de 2005 a 2015, desde que registrados como tal na DO, sendo considerada como população do estudo a população economicamente ativa brasileira. Resultados: Foi evidenciado que o grupo de maior risco para AT fatais no período estudado foi o dos homens de meia idade (30-49 anos), com baixo grau de instrução e residentes na região Sudeste, com óbito em vias públicas. Conclusão. Concluiu-se que os dados encontrados no presente estudo, que quantificaram a preocupante realidade da mortalidade ocupacional registrada nas DO, evidenciaram a relevância dos acidentes de transporte para a compreensão da magnitude da mortalidade ocupacional no país, e indicaram a necessidade de pesquisas mais qualificadas com o tema da mortalidade ocupacional no Brasil.