Monografia
Intervenções fisioterapêuticas no manejo da fadiga crônica em pacientes com esclerose múltipla: uma revisão integrativa
Autor
Caetano, Milena dos Santos
Institución
Resumen
A Esclerose Múltipla (EM) é uma enfermidade neurológica degenerativa de caráter que acomete diretamente o sistema nervoso central (SNC), por meio da desmielinização da bainha de mielina, que provoca uma série de complicações, tais quais, dor, disfunções na sensibilidade e na motricidade grossa e fina, depressão, ansiedade e fadiga crônica. A fadiga é o sintoma mais prevalente na EM e responsável pelo elevado índice de incapacidades da doença, estando presente na vida de mais de 80% dos sujeitos diagnosticados. Assim, a pesquisa possui como objetivo geral investigar as abordagens fisioterapêuticas atuais no tratamento e manejo da fadiga crônica em pacientes com EM. Ademais, como objetivos específicos tem-se, entender a anatomofisiologia do SNC, a fisiopatologia da EM sua etiologia, epidemiologia e sintomatologia, conhecer a história da EM na humanidade, discutir os métodos de diagnóstico médico na EM e de avaliação fisioterapêutica neurofuncional da EM e da fadiga do portador e compreender o processo fisiopatológico da fadiga crônica na EM. Trata-se então, de um estudo de revisão integrativa, e para sua realização foram utilizados os seguintes descritores: “esclerose múltipla”, “fadiga crônica”, “fadiga na esclerose múltipla” e “fisioterapia na esclerose múltipla” em idiomas inglês e português. A monografia foi construída entre os meses de fevereiro e abril de 2021, sendo um período de pesquisa ampla e sistemática acerca da temática. Os estudos elegidos para composição desse trabalho, delimitou-se os anos de 2011 a 2021, enfatizando-se as pesquisas publicadas nos últimos 5 anos. As bases de dados consultadas foram: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), a Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Percebe-se que a fadiga é um sintoma prevalente e tão complexo quanto a própria EM que quando exacerbada favorece o desenvolvimento de outros sintomas neurológicos incapacitantes e dos surtos. Descrita como a perda subjetiva da força e motivação física e mental, impacta de forma negativa a vida dos portadores da EM. A Fisioterapia possui diversas estratégias para o manejo e tratamento do sintoma, destacando-se a fomentação de programas de exercícios aeróbicos e/ou resistidos, atividades baseadas em tarefas funcionais, FES, técnicas de neuroreabilitação como IM, atividades funcionais através de circuitos que envolvam ou não a utilização de dispositivos mecânicos, como jogos e plataformas e exercícios respiratórios, a seleção acerca de qual aplicar no paciente depende de uma avaliação neurofuncional criteriosa que investigue através das muitas escalas funcionais disponíveis os níveis e os impactos da fadiga na vida do indivíduo. Conclui-se que existem variadas intervenções fisioterapêuticas voltadas para o tratamento da fadiga, quase sempre não de forma exclusiva para o sintoma. Porém, levando-se em consideração que não há ainda definições claras e objetivas acerca de sua fisiologia, o tem-se atualmente reflete os avanços e os esforços para melhoria da qualidade de vida dessas pessoas. Ressalta-se a relevância dos instrumentos objetivos e subjetivos de avaliação e mensuração da fadiga para fomentação de planos terapêuticos benéficos, eficientes e específicos para as necessidades de cada paciente.
PALAVRAS-CHAVE: Esclerose Múltipla. Fadiga na Esclerose Múltipla. Fisioterapia na fadiga da Esclerose Múltipla.