Artigo Científico
Análise do perfil epidemiológico de meningite bacteriana em crianças e adolescentes no Sul do Brasil
Analysis of the epidemiologycal profile of bacterial meningitis in children in Southern Brazil
Autor
Landvoigt, Lohana
Institución
Resumen
Objetivos: Avaliar a incidência de meningite bacteriana em indivíduos de 0 a 19 anos notificados pelo SINAN nos estados do sul do Brasil entre os anos de 2015 e 2020, analisar o perfil sociodemográfico e clínico, identificar o agente etiológico das meningites bacterianas, definir as características epidemiológicas das infecções meníngeas por bactérias e identificar a evolução dos indivíduos diagnosticados com meningite bacteriana.
Métodos: Estudo ecológico com coleta de dados através da plataforma virtual do Governo Brasileiro Datasus com população de 0 a 19 anos notificadas pelo SINAN com diagnóstico de meningite bacteriana nos estados da região Sul do Brasil. As variáveis analisadas foram: mês de notificação, Estado, macrorregião de notificação, raça, sexo, faixa etária, agente etiológico, sorogrupo, diagnóstico e evolução.
Resultados: Foram registrados 10.866 casos de meningite bacteriana e 360 óbitos por meningite, com queda de 60,10% durante o período de 2015 a 2020. A maior incidência foi encontrada no Paraná, com 169,76 casos por 100 mil habitantes. A faixa etária mais acometida foi <1 ano com 32,92%, com leve predominância do sexo masculino de 56,7%. O teste diagnóstico mais utilizado nos três estados foi o quimiocitopatológico. O óbito por meningite e por outras causas foi mais expressivo na faixa de 15 a 19 anos, com as etiologias de meningococemia, meningite por Pneumococos e meningite meningocócica com meningococemia, respectivamente.
Conclusões: Houve uma queda de 60,10% nos casos de meningite nos anos estudados. O sexo mais acometido foi o masculino, porém com maior letalidade no sexo feminino. A etiologia viral foi a mais prevalente, porém, dentre as bacterianas destacou-se a Meningite por Pneumococo e a Meningite Meningocócica com o sorogrupo C. A bactéria com menor número de casos foi o Haemophilus influenzae. A faixa etária com maior número de óbitos foi de 15 a 19 anos. A bactéria com maior letalidade foi a Neisseria meningitidis. Objective: Evaluate the incidence of bacterial meningitis in individuals aged from 0 to 19 years notified by SINAN in the southern states of Brazil between 2015 and 2020, analyze the sociodemographic and clinical profile, identify the etiological agent of bacterial meningitis, define the epidemiological characteristics of bacterial meningeal infections and to identify the evolution of individuals diagnosed with bacterial meningitis.
Methods: Ecological study with data collection through the Brazilian Government’s virtual platform “Datasus” with population aged from 0 to 19 years notified by SINAN with the diagnosis of bacterial meningitis in the states of southern Brazil. The variables analyzed were month of notification, state, macro-region of notification, race, sex, age group, etiological agent, serogroup, diagnosis, and evolution.
Results: There were 10.866 cases of bacterial meningitis, with a drop of 60,10% during the period from 2015 to 2020. The highest incidence was found in Paraná, with 169,76 cases per 100.000 inhabitants. The age group most affected was under 1 year with 32,92% with a slight male predominance of 56,7%. The most used test for diagnosis in the three states was chemocytopathological test. Death from meningitis and other causes was more expressive in the 15-19 age group, with the etiologies of meningococcemia, pneumococcal meningitis, and meningococcal meningitis with meningococcemia, respectively.
Conclusion: There was a 60,10% drop in the cases of meningitis in the years studied. The most affected sex was male, but with higher lethality in females. The viral etiology was the most prevalent, however, among the bacterial meningitis, Pneumococcal Meningitis and Meningococcal Meningitis with serogroup C stood out. The bacterium with the lowest number of cases was Haemophilus influenzae. The age group with the highest lethality was Neisseria meningitidis.