Monografia
Correlação da perfusão coronariana pós-angioplastia primária com a função ventricular pós-infarto
Autor
Bald, Ana Paula
Institución
Resumen
Background: Acute Myocardial Infarction (AMI) stands out for its high prevalence. Primary angioplasty is the most effective treatment, in addition to allowing the analysis of coronary perfusion by TIMI frame count (TFC). The severity of AMI is related to worse prognosis and development of left ventricular dysfunction. Objectives: To correlate coronary perfusion after primary angioplasty with post-infarction ventricular function; to describe the demographic characteristics, comorbidities, life habits and family history of the study population; to correlate perfusion after primary angioplasty, post-infarction ventricular function and SYNTAX score (SXs) with each other and with symptom-to-door time, door-to-reperfusion therapy time and total ischemic time; to associate comorbidities, life habits, family history and involvement of the anterior wall with coronary perfusion after primary angioplasty. Method: A cross-sectional study including 55 patients admitted in Santa Catarina’s Institute of Cardiology with diagnosis of AMI with ST-segment elevation, from August to November, 2016. Data collection from interview and consultation in medical records. Analysis by SPSS 13.0, Chi-square test, Student t and p≤0.05. Results: 63.3% were males, mean age 58.39 years. Arterial hypertension (63.3%), family history (47.3%) and dyslipidemia (36.4%) were the most prevalent clinical variables. There was no significant correlation between TFC and left ventricular ejection fraction (LVEF). There was a correlation between TFC and SXs (r=0.31, p=0.041), in addition to a non-significant correlation between SXs and LVEF (r=0.31, p=0.051) and between symptom-to-door time and LVEF (r=0.31, p=0.058). Conclusion: Coronary perfusion is not correlated with post-infarction ventricular function, but SXs is positively correlated with coronary perfusion and has a non-significant correlation with post-AMI ventricular function and symptom-to-door time. Introdução: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) destaca-se pela sua elevada prevalência. A angioplastia primária constitui o tratamento mais efetivo, além de possibilitar a análise da perfusão coronariana pelo TIMI frame count (TFC). A gravidade do IAM está relacionada a um pior prognóstico e ao desenvolvimento de disfunção do ventrículo esquerdo. Objetivos: Correlacionar a perfusão coronariana pós-angioplastia primária com a função ventricular pós-infarto; descrever as características demográficas, comorbidades, hábitos de vida e histórico familiar da população em estudo; correlacionar a perfusão coronariana pós-angioplastia primária, a função ventricular pós-infarto e o escore SYNTAX (eSX) entre si e com o delta T, tempo porta-balão e tempo total de isquemia; associar as comorbidades, hábitos de vida, histórico familiar e acometimento da parede anterior com a perfusão coronariana pós-angioplastia primária. Método: Estudo transversal incluindo 55 pacientes admitidos no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina com diagnóstico de IAM com supradesnivelamento do segmento ST, de agosto a novembro de 2016. Coleta de dados a partir de entrevista e consulta em prontuários. Análise pelo SPSS 13.0, teste Qui-quadrado, t de Student, correlação de Sperman e p≤0,05. Resultados: 63,3% eram do sexo masculino, com média de idade 58,39 anos. A hipertensão arterial (63,3%), história familiar (47,3%) e dislipidemia (36,4%) foram as variáveis clínicas de maior prevalência. Não foi verificada correlação significativa entre o TFC e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Foi verificada correlação entre o TFC e o escore SINTAX (eSX) (r=0,31, p=0,041), além de uma tendência não significativa de correlação entre o eSX e a FEVE (r=-0,31, p=0,051) e entre o delta T e a FEVE (r=0,31, p=0,058). Conclusão: A perfusão coronariana não está correlacionada com a função ventricular pós-infarto, porém o eSX está correlacionado positivamente com a perfusão coronariana e possui uma tendência não significativa de correlação com a função ventricular pós-IAM e com o delta T.