Dissertação
Temperament of captive Vinaceous-breasted Amazon Parrot (Amazona vinacea Kuhl, 1820) and individual differences in the responses to environmental enrichment
Autor
Ramos, Gabriela de Araújo Porto
Institución
Resumen
Temperament is related to how animals respond to new environments, conspecifics and potential risks in their environment. Thus, knowledge about this trait can be used to improve the quality of life of captive wild animals, and to increase the success of reintroduction programs. Our subjects were 13 captive Vinaceous-breasted Amazon parrots (Amazona vinacea). The aims of our study were: a) to investigate the relationship of temperament with flight ability and animal’s reaction to human presence when offered food; b) to evaluate if behavioral responses to environmental enrichment vary in relation to temperament and flight ability. Three temperament tests (novel object test, reaction to an unknown person and reaction to potential predator) were performed and behavioral evaluations using an ethogram were carried out, in two phases: unenriched and enriched. Furthermore, flight skill and food reward tests were also performed to assess behaviors considered important for survivorship in wild. Four temperament dimensions were described (‘vigilance’, ‘risk-taking’, ‘activity’, ‘sociability’). There were significant effects of environmental enrichment on the behaviors of resting (P = 0.011), feeding (P = 0.014), allopreening (P = 0.024) and interaction with environment (P = 0.001). Regarding the effects of temperament on parrots’ behaviors, animals categorized as ‘vigilant’ spent less time feeding (P = 0.03) on the feeder and interacting with environment (P = 0.006) than those categorized as ‘indifferent’. We also found significant effects of flight skill on behaviors, animals with compromised flight ability spent significantly more time preening (P = 0.037), had lower frequency of vocalizations (P = 0.009) and tended to have fewer negative social interactions (P = 0.069) than those with high flight ability. Those individuals with better flight ability tended to interact more (P = 0.061) with the enrichment items than individuals with lesser flight ability. Thus, we suggest that flight performance and temperament of captive animals should be considered while planning and executing environmental enrichment techniques. O temperamento está relacionado ao modo com que os animais respondem a novos ambientes, coespecíficos e a potenciais riscos como a predação. Assim, o conhecimento sobre essa característica em papagaios-do-peito-roxo (Amazona vinacea, N = 13) cativos pode ser utilizado para melhorar a qualidade de vida de animais em cativeiro e aumentar o sucesso dos programas de reintrodução. Portanto, os objetivos do presente estudo foram: a) investigar as relações entre temperamento, habilidade de voo e a reação dos animais à oferta de alimento pelo ser humano; b) avaliar se as respostas comportamentais ao enriquecimento ambiental diferem em relação ao temperamento e habilidade de voo. Foram realizados três testes de temperamento (teste do novo objeto, teste de reação à pessoa desconhecida e teste do potencial predador) e avaliações comportamentais através de um etograma, em duas fases: sem enriquecimento ambiental e com ambiente enriquecido. Além disso, testes de habilidade de voo e oferta de alimento também foram realizados para avaliar comportamentos considerados importantes para a sobrevivência na natureza. Quatro dimensões do temperamento foram descritas (‘vigilância’, ‘propensão ao risco’, ‘atividade’, ‘sociabilidade’). Houve efeitos significativos do enriquecimento ambiental para os comportamentos de repouso (P = 0,011), alimentação (P = 0,014), alolimpeza (P = 0,024) e interação com o ambiente (P = 0,001). Em relação aos efeitos do temperamento no comportamento dos papagaios, animais classificados como ‘vigilantes’ passaram menos tempo se alimentando (P = 0,03) no comedouro e interagindo com o ambiente (P = 0,006) do que aqueles classificados como ‘indiferentes’. Também observamos efeitos significativos da habilidade de voo no comportamento, papagaios com habilidade de voo reduzida passaram significativamente mais tempo em autolimpeza (P = 0,037), apresentaram menor frequência de vocalizações (P = 0,009) e tenderam menos a entrar em conflitos (P = 0,069) do que aqueles com alta habilidade de voo. Papagaios que voaram melhor tenderam a interagir mais (P = 0,061) com os itens de enriquecimento do que os com menor capacidade de voo. Assim, sugerimos que o desempenho de voo e o temperamento de animais em cativeiro sejam considerados ao planejar e executar técnicas de enriquecimento ambiental.