Dissertação
Níveis de excitação muscular de Infra-espinhoso, Trapézios Superior e Inferior em retração escapular sob diferentes níveis de carga em adução em indivíduos com e sem ombro doloroso
Autor
Santos, Jefferson James dos
Institución
Resumen
Introduction: Musculoskeletal pain, especially shoulder pain, occupies a large
percentage of medical-hospital care and with the shoulder being the joint complex
with the greatest range of motion, which makes it the most unstable. Its structural set
promotes its stability and its movements, but muscular alterations can misalign the
scapula changing its rhythm, compressing the subacromial space, making it difficult
to elevate the arm and causing pain to the individual. Theoretically, an increase in the
muscle activity of the upper trapezius associated with a decrease in the activity of its
other parts and changes in scapular movements related to the Subacromial
Impingement Syndrome. There is no exercise in the literature that combines the
activation of the Lower Trapezius and Infraspinatus muscles without increasing the
excitation of the Upper Trapezius, thus, an exercise that activates the hypoactivated
muscles, without stimulating the already hyperactivated ones, is the ideal proposal.
Objectives: To evaluate the excitation levels of Infraspinous, Upper Trapezius and
the Lower Trapezius muscles in Scapular retraction exercise with progressive loads
of adduction controlled by feedback evaluate which adductor load level would
generate the best relation between Upper Trapezius and Lower Trapezius verify the
electromyographic differences in individuals with and without shoulders pain.
METHODS: forty-two individuals, divided into two groups, with and without shoulder
pain, performed scapular retraction exercises controlled by biofeedback. Participants
performed a familiarization study of 5 seconds followed by a 3-minute rest, verifying
their understanding of the procedure. Then, three maximal voluntary isometric
contractions of 5 seconds of each muscle with 5 minutes of rest were collected.
Finally, resistance contractions were performed at 60° for 10 seconds at 20%, 30%,
40 and 50% of the Maximum Voluntary Isometric Contraction, with intervals of 20
seconds between tasks, while maximal scapular retraction of the evaluated shoulder
was performed. By mean and standard deviation, the data was presented and the
classification of differences between groups was done by repeated measures
ANOVA. With Holm’s post hoc test, the data were reworked comparing differences
between tests avoiding pairwise multiple comparisons with a significant of p <0,05.
Results: No differences were observed between the groups, but the results showed
that in both groups the objectives were achieved with the exercises. There was an
effect on time for all muscles in the group analysis (Upper Trapezius: F = 4,19; p =
0,008/Lower Trapezius: F = 32,7; p = 0,001/Infraspinatus: F = 19,09; p = 0,001).
There were differences between pair with values higher than 50% compared to 20%
vs. 40%, 20% vs. 50%, 30% vs. 40%, 30% vs. 50% e 40% vs. 50% and 40% vs. 50%
and higher values of 40% and 50% MVIC. There was an effect in time between
Upper Trapezius-Lower Trapezius ratio (UT: LT) by 20% the UT:LT ratio was lower
than 20% and 30%. Conclusion: The scapular retraction movement was significantly
beneficial, achieving activation of the Lower Trapezius and Infraspinatus muscles
without hyperstimulation of the Upper Trapezius, generating significant differences
between muscles. INTRODUÇÃO: As dores musculoesqueléticas, em especial a dor ombro, ocupam
grande porcentagem dos atendimentos médico-hospitalares e sendo o ombro o
complexo articular com a maior amplitude de movimento, isso o torna o mais
instável. Seu conjunto estrutural promove sua estabilidade e os seus movimentos,
mas alterações musculares podem desalinhar a escápula, alterando o seu ritmo,
comprimindo o espaço subacromial, dificultando a elevação do braço,
proporcionando dor ao indivíduo. Teoricamente um aumento da atividade muscular
do trapézio superior associado a diminuição da atividade de suas outras porções e
alterações nos movimentos escapulares estão relacionados à Síndrome do Impacto
Subacromial. Não há na literatura exercício combinando a ativação dos músculos
Trapézio Inferior e do Infraespinal sem aumentar a excitação do Trapézio Superior,
sendo assim, um exercício que ative os músculos hipoativados, sem estimular os já
hiperativados, é a proposta ideal. OBJETIVOS: Avaliar os níveis de excitação dos
músculos Infraespinho, Trapézio Superior e Trapézio Inferior em exercício de
retração escapular com cargas progressivas de adução controladas via feedabck,
avaliar qual o melhor nível de carga adutora geraria melhor relação entre o Trapézio
Superior e Trapézio Inferior e verificar as diferenças eletromiográficas em indivíduos
com e sem dor no ombro. MÉTODOS: 42 indivíduos, divididos em dois grupos, com
e sem dor no ombro realizaram exercícios de retração escapular controladas por
biofeedback. Os participantes realizaram um estudo de familiarização de 5
segundos seguidos de 3 minutos de descanso verificando o entendimento do
procedimento. Em seguida, foram realizadas coletas de três contrações isométricas
voluntárias máximas de 5 segundos de cada músculo com 5 minutos de descanso.
Por fim, realizaram contrações resistidas a 60° por 10 segundos a 20%, 30%, 40 e
50% da Contração Isométrica Voluntária Máxima, com intervalos de 10 segundos
entre as tarefas, enquanto realizava-se retração escapular máxima do ombro
avaliado. Pela média e desvio padrão foram apresentados os dados e a
classificação das diferenças entre os grupos se deu pelo ANOVA de medidas
repetidas. Com o teste de post hoc de Holm os dados foram retrabalhados
comparando diferenças entre os ensaios, evitando comparações múltiplas em pares,
com significância de p <0,05. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças
entre os grupos, mas os resultados mostraram que nos dois grupos os objetivos
foram atingidos com os exercícios. Houve efeito no tempo para todos os músculos
na análise de grupo (Trapézio Superior: F = 4,19; p = 0,008/Trapézio Inferior: F =
32,7; p = 0,001/Infra Espinhoso: F = 19,09; p = 0,001). Houve diferenças entre pares
com valores mais altos a 50% comparados com 20% da Contração Isométrica
Voluntária Máxima. Diferenças no Trapézio Inferior foram observadas comparando
20% vs. 40%, 20% vs. 50%, 30% vs. 40%, 30% vs. 50% e 40% vs. 50% e valores
mais altos de 40% e 50% de Contração Isométrica Voluntária Máxima. Houve efeito
no tempo na Razão Trapézio Superior-Trapézio Inferior (TS:TI) em 20% vs. 50% e
30% vs. 50% (F = 5,83; p= 0,001) e em 50%, a relação TS:TI foi menor que 20% e
30%. CONCLUSÃO: O movimento de retração escapular apresentou-se
significativamente benéfico, conseguindo ativação dos músculos Trapézio Inferior e
Infraespinhoso em hiperestimulação do Trapézio Superior, gerando diferenças
significativas entre os músculos.