Trabalho de Conclusão de Curso
"No fundo são fragmentos”: uma análise de Toute une nuit de Chantal Akerman
Autor
Menezes, Danielle de Souza
Institución
Resumen
This work investigates the articulation of time and space through de-dramatization and
stylistic elements in the film Toute une Nuit, made in 1982 by the belgian director Chantal
Akerman. First, a brief survey of the discussions about the director's film is made, passing
through feminism and self-enrollment. It then approaches some of her hyper-realistic and
minimalist works from the 1970s and the 1980s, seeking to establish relationships between
the films. Afterwards, it focus on the feature film Toute une nuit, going through the notes of
intent written by Akerman, entering an analysis of its theme, sound and structure. The present
research focuses on questions about everyday life and time capturing, having as a starting
point Hopper's dedramatized paintings and the emptying of the dramatic action proposed by
modern dramaturgy, reflected in the fragmentation or extension of time. It is also examined
how these minimal events are inserted and destabilized in the feature film by the excess or
scarcity of the characters' lines and gestures. Este trabalho investiga a articulação do tempo-espaço a partir da desdramatização e de
elementos estilísticos no filme Toute une Nuit, realizado em 1982 pela cineasta belga Chantal
Akerman. Primeiramente é feito um breve levantamento das discussões sobre o filme da
diretora, passando pelo feminismo e a autoinscrição. Em seguida, aborda alguns de seus
trabalhos hiper-realistas e minimalistas dos anos 1970 e 1980, buscando estabelecer relações
entre as obras. Após, se concentra no longa-metragem Toute une nuit, passando pelas notas de
intenção escritas por Akerman, adentrando em uma análise de sua temática, som e estrutura.
A presente pesquisa se debruça em questões acerca do cotidiano e a captação temporal, tendo
como ponto de partida as pinturas desdramatizadas de Hopper e o esvaziamento da ação
dramática proposta pela dramaturgia moderna, refletindo-se na fragmentação ou extensão do
tempo. É examinado, também, como esses acontecimentos mínimos são inseridos e
desestabilizados no longa-metragem pelo excesso ou escassez das falas e os gestos das
personagens.