Artigo de Evento
Análise do gasto energético e da resposta cardiovascular na marcha em pacientes com amputações transtibiais
Autor
Vicente, Eduardo José Danza
Rossi, Bárbara Palmeira
Barbosa, Jaqueline Miranda
Coimbra, Patricia Aparecida dos Santos
Freire, Humberto Almeida Ottoni de Luna
Institución
Resumen
- A marcha envolve um avanço regular do corpo com mínimo gasto energético. A interrupção do ciclo normal da marcha e da conservação da energia
no movimento do tronco e membros resultam no aumento do gasto energético. Objetivos. O objetivo desta pesquisa foi quantificar o gasto energético,
pelo volume de oxigênio consumido (VO2) e volume de gás carbônico produzido (VCO2), e a resposta cardiovascular por meio da pressão arterial
(PA) e da freqüência cardíaca (FC) em indivíduos com amputações transtibiais, comparados com indivíduos não amputados em repouso e em três
velocidades de marcha. Materiais e Método. Foram utilizados 10 indivíduos do sexo masculino, adultos, com amputações traumáticas transtibiais
comparados com 10 indivíduos não amputados. Foi selecionada uma velocidade de marcha agradável (VMA) na esteira. Baseado na VMA duas
outras velocidades foram selecionadas, 20% acima e 20% abaixo da VMA. Após 10 minutos da chegada no setor foram aferidos a FC e a PA. Os
indivíduos andaram por 5 minutos em cada velocidade; 10 segundos antes do final de cada velocidade foram aferidos a FC e a PA e faltando 15
segundos para o término da marcha foram aferidos o VO2 e VCO2. Resultados. Em repouso pode-se observar uma FC e uma pressão arterial
diastólica (PAD) maiores no grupo de indivíduos amputados, apresentando uma diferença estatisticamente significante e altamente significativa,
respectivamente. Na VMA os parâmetros FC, VO2 e o VCO2 foram maiores para os indivíduos amputados, apresentando diferença altamente
significativa. Na velocidade 20% acima da VMA, obtivemos uma diferença altamente significativa na FC, VO2 e o VCO2, e uma diferença significativa
na pressão arterial sistólica (PAS), sendo todas essas variáveis maiores no grupo de indivíduos amputados. Já na velocidade 20% abaixo da VMA
encontramos a FC, VO2 e o VCO2 menores para o grupo de indivíduos não amputados, mostrando uma diferença altamente significativa. Conclusão.
Indivíduos amputados apresentam um maior VO2 e VCO2 nas três velocidades e um aumento significativo da FC na velocidade agradável e quando
aceleram a marcha.