Dissertação
Análise da imunoexpressão da esclerostina em lesões fibro-ósseas dos maxilares
Autor
Abrão Neto, Michel Calil
Institución
Resumen
Sclerostin, a product of the SOST gene, acts as a negative regulator of bone
formation, primarily because of its properties of inhibition of some signaling pathways
related to bone remodeling. The sclerostin is mainly secreted by osteocytes, but also,
by other cell populations. The aim of the study was to assess the sclerostin
expression in Benign Fibro‑Osseous Lesions (BFOL) of the jaws. A retrospective,
transversal, unicenter study selected the cases diagnosed as BFOL. The selected
cases were retrieved, and the paraffin blocks were assessed for histological slides to
be submitted for a) histochemistry by Hematoxylin and Eosin stain; b)
immunohistochemistry for sclerostin expression. For the control group, 6 cases of
normal bone harvested from healthy individuals were selected. A total of 66
histological slides from 40 biopsies of 32 patients were analyzed, 20 lesions in
females (62.5%) and 12 lesions (37.5%) in male individuals. Eighteen cases were
classified as BFOL based only on the anatomical analysis, and the other cases were
classified by both clinical and pathological diagnosis, as follows: 06 cases of Fibrous
Dysplasia; 4 cases of Juvenile trabecular ossifying fibroma; 2 cases of
Psammomatoid ossifying fibroma; and 2 cases of Cemento-osseous dysplasia. There
was a positive sclerostin expression in 21 biopsies (52.5%). The marked cells were
more present in the fibrous tissue than in the bone. In the cases with positivity in the
osteocytes, only 2 were revealed to be in the intralesional bone, and in the other
cases, the positivity was found to be in the osteocytes within the perilesional bone. At
the fibrous component, marked cells revealed a phenotype similar to the mast cells,
and the sclerostin-positive cells were majorly close to the vascular spaces. In the
control group, it was found that sclerostin was expressed in cells both at the
medullary spaces and in a few osteocytes. In conclusion, Benign Fibro‑Osseous
Lesions can express sclerostin, and this expression is mostly concentrated in the
fibrous tissue, in mast cell-like cells. In addition, sclerostin is also expressed in the
intralesional bone in some specific cases, and on the lesion-surrounding bone. A esclerostina, uma proteína codificada pelo gene SOST, atua como um regulador
negativo da formação óssea, uma vez que antagoniza algumas vias de sinalização,
dentre elas algumas relacionadas à remodelação óssea. É uma proteína expressa
principalmente pelos osteócitos, e também por outras populações celulares. O
objetivo do estudo foi avaliar a expressão da esclerostina em lesões fibro-ósseas
benignas (LFOBs) dos maxilares. Foi realizado um estudo retrospectivo, transversal,
unicêntrico, com o levantamento de casos diagnosticados como LFOBs. Os casos
selecionados foram separados, e os blocos de parafina foram acessados para
confecção de lâminas histológicas para ambas as técnicas de: a) histoquímica, pela
coloração em Hematoxilina e Eosina; b) imunohistoquímica, para avaliar a
expressão da esclerostina. Foram também utilizadas 6 amostras de osso normal,
advindas de indivíduos saudáveis, para o grupo controle. Foram analisados 66
cortes histológicos provenientes de 40 biópsias realizadas em 32 pacientes, sendo
20 lesões em mulheres (62,5%) e 12 lesões em homens (37,5%). Um total de 18
casos de LFOBs foram avaliados considerando o laudo de anatomia-patológica, já
os casos que foram classificados com o laudo e o diagnóstico clínico, foram: 6 casos
de displasia fibrosa; 4 casos de fibroma ossificante trabecular juvenil; 2 casos de
fibroma ossificante psamomatóide; e 2 casos de displasia cemento-óssea. Houve
expressão positiva para esclerostina em 21 biópsias (52,5%). Houve mais marcação
no tecido fibroso do que no componente ósseo, e nos casos de marcação em
células ósseas, apenas duas biópsias mostraram positividade no osso lesional,
sendo os demais com marcação positiva no osso perilesional. No componente
fibroso, as células marcadas tinham um fenótipo semelhante aos mastócitos, e as
células positivas estavam frequentemente próximas aos espaços vasculares. No
grupo controle, encontrou-se marcação positiva em algumas células nos espaços
medulares e em poucos osteócitos. Conclui-se que as lesões fibro-ósseas benignas
dos maxilares podem expressar esclerostina, e essa expressão se dá em maior
parte no componente fibroso, em células com morfologia semelhante aos
mastócitos. Ainda, a esclerostina também é expressa no componente ósseo em
casos pontuais, além também de ser encontrada expressão positiva no osso
perilesional em alguns casos.