Tese
A general approach for analysis and enhancement performance in mountain biking modality
Autor
Oliveira, Rhaí André Arriel e
Institución
Resumen
Mountain biking (MTB) is an off-road cycling modality which is performed on a variety
of unpaved terrains that normally include natural and/or artificial obstacles, such as
trails in forests, rock garden and mud, involving successive uphill and downhill
sections. Cross-country (XC) is the most popular competition format in MTB, which is
composed by eight events, being Olympic cross-country (XCO) the best known among
them. In addition to XCO, other XC events have gained popularity, but there are few
studies on the topic. The cross-country mountain biking (XC-MTB) regulations and
bicycles have been changed along the years, generating debates and uncertainties
among cyclists. In this sense, the general aim of this thesis was to provide an up-todate overview of the topic, and to contribute to the advancement of knowledge on the
XC-MTB events. For this, four studies were developed. Study one is a literature review
that presents and discusses the most relevant scientific evidence on the XC-MTB,
focusing on the characteristics of the main XC events and cyclists, as well as the
development of bicycles, accidents and injuries in this sport. Evidence suggests that
the physiological responses and mechanical demands change according to XC event.
Moreover, we identified that the characteristics of cyclists differ according to the level
of performance, and we highlighted the importance of pacing and the ability to perform
technical sections of the circuit to be competitive in XC-MTB. Regarding bicycles, it is
possibly to suggest that the bicycle equipped with 29” wheel and full suspension (frame
with front and rear suspension) has the potential to achieve superior performance on
XC-MTB circuits. The purpose of the study two was to investigate the pacing profile
and performance level of XC cyclists on different technical and non-technical sections
during a cross-country short track (XCC) event. Twenty professional cyclists (under23 and elite) performed six laps on a XCC circuit during the International MTB Cup. In
general, the cyclists adopted a positive pacing profile, the same profile adopted by the
elite and under-23. Faster cyclists adopted a more even pacing profile, while slower
cyclists adopted a reverse J-shaped pacing profile. In addition, faster cyclists spent
less time than slower cyclists during a non-technical sustained uphill section.
Therefore, we conclude that superior XCC performance was associated with a more
even pacing profile and a higher performance on a non-technical sustained climb
section. The purpose of the study three was to evaluate mechanical parameters and
pacing profile adopted by twelve professional male elite XC cyclists during XCC and
XCO events in MTB World Cup. During both competitions, total time, speed, power
output (PO) and cadence (CA) were recorded. While total race time was higher in XCO,
speed, PO and CA were significantly higher in XCC. The pacing profile adopted by the
cyclists in XCC was variable, while in XCO was positive. In addition, cyclists adopted
a more conservative starting pace in XCC (below average race speed) but a more
aggressive start in XCO (above average race speed). Therefore, since the parameters
evaluated are different between XCC and XCO, the strategies and training methods
developed to achieve superior performance must be specific to each competition
format. Finally, the purpose of the study four was to assess whether body mass and
body composition may be related to performance measures in XC-MTB, such as PO
and time to exhaustion. Forty amateur XC cyclists were recruited to participate in this
study. Anthropometric measurements were take and an incremental test on a cycle
ergometer was performed. Our findings show that body mass and fat mass are
associated with XC-MTB performance measures, but fat-free mass did not. O ciclismo de montanha (do termo em inglês mountain biking – MTB) é uma
modalidade do ciclismo fora de estrada (do termo em inglês off-road) o qual é
praticado sob uma variedade de terrenos não pavimentados que normalmente incluem
obstáculos naturais ou artificiais, como trilhas em florestas, cascalho e lama,
envolvendo várias seções de subidas e descidas. O cross-country (XC) é o formato
de competição mais popular no MTB, envolvendo 8 eventos ao todo, sendo crosscountry Olímpico (XCO) o mais conhecido entre eles. Além do XCO, outros eventos
do XC têm ganhado popularidade, mas existem poucos estudos sobre o tema. O
regulamento do cross-country mountain biking (XC-MTB) e as bicicletas sofreram
várias modificações ao longo dos anos, gerando discussões e incertezas entre os
praticantes. Portanto, o principal objetivo desta tese foi fornecer um panorama
atualizado sobre o tópico, e contribuir com o avanço do conhecimento sobre os
eventos do XC-MTB. Para isso, foram desenvolvidos quatro estudos. O estudo um é
uma revisão de literatura que apresenta e discute as evidências científicas mais
relevantes sobre o XC-MTB, com foco nas características dos principais eventos do
XC e dos ciclistas, bem como no desenvolvimento das bicicletas, acidentes e lesões
neste esporte. As evidências sugerem que as respostas fisiológicas e as demandas
mecânicas mudam de acordo com o evento do XC. Além disso, nós identificamos que
as características dos ciclistas diferem de acordo com o nível de desempenho, além
de destacar a importância do pacing e da capacidade de desempenhar seções
técnicas do circuito para ser competitivo no XC-MTB. Sobre as bicicletas, é possível
sugerir que a bicicleta equipada com aro de 29” e com um sistema de amortecimento
full suspension (quadro com suspensão frontal e traseira) tem potencial para alcançar
um desempenho superior nos circuitos de XC-MTB. Por fim, parece que adotar
estratégias como equipamentos de proteção, bike fit, treinamento resistido e medidas
de prevenção de acidentes podem reduzir a gravidade e o número de lesões. A
proposta do estudo dois foi investigar o perfil de pacing e o nível de desempenho de
ciclistas do XC sob diferentes seções técnicas e não técnicas do circuito durante um
evento de cross-country short track (XCC). Vinte ciclistas profissionais (sub-23 e elite)
realizaram seis voltas no circuito de XCC durante a Copa Internacional de MTB. Em
geral, os ciclistas adotaram um perfil de pacing positivo, o mesmo perfil adotado pela
categoria elite e sub-23. Os ciclistas mais rápidos adotaram um perfil de pacing mais
uniforme, enquanto os ciclistas mais lentos adotaram um perfil de pacing em “J”
inverso. Inclusive, os ciclistas mais rápidos gastaram menos tempo que os ciclistas
mais lentos durante a seção de subida sustentada não técnica. Portanto, nós
concluímos que o melhor desempenho no XCC foi associado com um perfil de pacing
mais uniforme e com um desempenho mais alto na seção de subida sustentada não
técnica. A proposta do estudo três foi avaliar parâmetros mecânicos e o perfil de
pacing adotado por doze ciclistas profissionais do XC da categoria elite durante o XCC
e XCO da Copa do Mundo de MTB. Durante ambas as competições, o tempo total,
velocidade, potência (PO) e cadência (CA) foram gravadas. Enquanto o tempo total
de prova foi maior no XCO, a velocidade, PO e CA foram significativamente maiores
no XCC. No XCC o perfil de pacing adotado pelos ciclistas foi variável e no XCO foi
um perfil de pacing positivo. Além disso, os atletas adotaram um ritmo mais
conservador no início do XCC (abaixo da velocidade média da corrida), mas um início
mais agressivo durante o XCO (acima da velocidade média da corrida). Portanto, uma
vez que os parâmetros avaliados são diferentes entre XCC e XCO, as estratégias e
os métodos de treinamento desenvolvidos para alcançar um desempenho superior
devem ser específicos para cada formato de competição. Por fim, a proposta do
estudo quatro foi avaliar se a massa corporal e a composição corporal podem ter
alguma relação com medidas de desempenho no XC-MTB, tal como PO e tempo até
exaustão. Quarenta ciclistas amadores do XC foram submetidos a realização de
medidas antropométricas e de um teste incremental em cicloergômetro. Nossos
achados mostram que a massa corporal e a massa de gordura estão associadas com
as medidas de desempenho do XC-MTB, mas a massa livre de gordura, não. FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais