O presente artigo de revisão analisa o fenômeno conhecido como sharenting, por meio de uma revisão bibliográfica, de forma descritiva. Inicialmente, visa demonstrar, de maneira introdutória, a problemática em questão, qual seja, a superexposição de informações pessoais de crianças e adolescentes realizada pelos próprios pais. Ademais, por meio de dados relevantes, busca analisar os principais riscos e consequências de tal exposição, sendo possível destacar que são inegáveis e devem ser considerados para que essa prática seja repensada. Ato contínuo, o estudo desenvolve o entendimento acerca dos direitos da criança, sob a perspectiva da responsabilidade dos pais nesse contexto, sendo possível concluir que, mesmo em um contexto em que a exposição se tornou habitual, cabe aos pais a responsabilidade de proteção em relação aos filhos. E, por fim, como forma de elucidar a controvérsia em questão, foram analisados dois casos reais, que dilucidaram a prática, de modo que foi possível observar o limiar entre o direito à imagem, bem como à privacidade da criança, em contrapartida com o limite da exposição pelos responsáveis. A partir disso, observou que a prática diz respeito ao compartilhamento excessivo de informações, que muitas vezes ocorre de maneira involuntária, tendo em vista o contexto em que estamos inseridos, podendo gerar consequências negativas. Ainda, foi observado que existe proteção legal, que vai além do ordenamento jurídico brasileiro, no entanto, tais dispositivos não são suficientes para coibir a presente questão.