TCC
Estratégias de manejo de populações de capivaras para controle da febre maculosa brasileira
Registro en:
BONFIM, Letícia Baldotto de Carvalho. Estratégias de manejo de populações de capivaras para controle da febre maculosa brasileira. 2022. Monografia (Bacharelado em Medicina Veterinária) - Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2022.
Lucas Edel Donato
Autor
Bonfim, Letícia Baldotto de Carvalho
Institución
Resumen
Capivaras são animais sociais e territorialistas que vivem em grupos com uma
hierarquia social composta por um macho dominante, fêmeas dominantes e
submissas, machos satélites e animais mais jovens. Normalmente são encontrados
próximos a corpos hídricos, por serem animais semi-aquáticos, e nessas localidades
realizam todas as suas atividades fisiológicas e instintivas. Devido a intervenção
humana no meio ambiente, a ausência de predadores e a maior disponibilidade de
alimentos, as capivaras passaram a habitar cada vez mais áreas antrópicas. Por ser
um animal fértil e proliferativo, estão presentes em grande quantidade, o que
propicia uma maior interação entre o animal e o homem. Esse contato traz riscos,
sobretudo, à saúde pública, pois são animais parasitados por carrapatos do gênero
Amblyomma, conhecidos por transmitir a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da
febre maculosa brasileira (FMB). Ela é uma doença grave, de difícil diagnóstico e
potencialmente letal, por isso, a transmissão precisa ser interrompida através do
manejo de populações, impedindo assim o nascimento de filhotes e a entrada de
novos indivíduos nos bandos. Esse trabalho teve como objetivo realizar uma revisão
de literatura do tipo narrativa acerca do manejo de populações de capivaras com
foco no controle da febre maculosa brasileira. Com esse propósito, diferentes órgãos
públicos elaboraram diretrizes a fim de estabelecer parâmetros para auxiliar na
execução de determinadas estratégias, baseando-se sempre na área de surgimento
dos casos de FMB. Os tipos de manejo descritos são o abate assistido e o manejo
reprodutivo, podendo esse ser realizado através da esterilização ou da
imunocontracepção. Concluiu-se que sempre se faz necessário um profundo estudo
do ambiente e das populações de capivara, uma vez que não há uma resposta única
para todos os possíveis cenários. No fim, todas as medidas, por melhor que tenham
sido executadas, são temporárias e precisam de constante monitoramento e
reavaliação.