Artigo
Polineuropatia alcóolica: perfil clínico e eletrofisiológico de uma série de casos
Registro en:
Autor
Gouveia, Ana Luísa Barbosa
Ferreira, Ana Luísa de Andrade Seguti
Oliveira, Hygor Casimiro Mendes de
Azevedo, Guilherme Coelho de
Fernandez, Rubens Nelson Morato
Ferreira, Lisiane Seguti
Grippe, Talyta Cortez
Institución
Resumen
Introdução: A polineuropatia alcoólica é caracterizada por comprometimento de predomínio sensitivo, simétrico e axonal. Entretanto, poucos estudos embasam esta descrição. Objetivo: Caracterizar o quadro clínico e eletrofisiológico de pacientes com polineuropatia alcoólica do centro de referência de eletroneuromiografia (ENMG) do Distrito Federal. Método: Foram selecionados dentre os laudos de ENMG realizados de 2010 a 2018 os compatíveis com polineuropatia. Os pacientes com histórico de etilismo e sem outras causas de neuropatia no prontuário foram contactados para avaliação e aplicação de questionários. Resultados: Foram incluídos 8 pacientes, 87,5% do sexo masculino, com média de idade de 59 anos e média de
exposição ao álcool de 28,1 anos. Em 50% encontrou-se déficit motor, sendo 87,5% nos pododáctilos. Em 87,5% houve hiporreflexia aquiliana. Na escala de ansiedade e depressão, 12,5% apresentou pontuação sugestiva de depressão e 25% de ansiedade. A ENMG evidenciou
alterações em 87,5% dos potenciais motores compostos alterados, principalmente como redução de amplitudes, e em 87,5% dos potenciais sensitivos, especialmente como redução nas velocidades de condução. Conclusão: Há maior prevalência de acometimento no sexo masculino e predomínio de déficit sensitivo distal. Evidencia-se maior afecção de nervos motores em comparação a outras populações. Há baixa prevalência de sintomas psiquiátricos. Mais estudos são necessários para corroborar esses achados.