TCC
Análise eletromiográfica e estabilométrica em crianças com paralisia cerebral após um protocolo intensivo de exercícios terapêuticos
Registro en:
PERISSÉ, Beatriz França Naves; VIEIRA, Gabrieli Boligon. Análise eletromiográfica e estabilométrica em crianças com paralisia cerebral após um protocolo intensivo de exercícios terapêuticos. 2022. Monografia (Bacharelado em Fisioterapia) - Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2022.
Ana Letícia de Souza Oliveira
Autor
Perissé, Beatriz França Naves
Vieira, Gabrieli Boligon
Institución
Resumen
Introdução: A Paralisia Cerebral (PC) é uma condição de saúde comum da infância, em que
trata-se de lesões neurológicas que acarretam atrasos no desenvolvimento
neurosensoriomotor, cognitivo e, muitas vezes, provoca déficits no desempenho funcional e
equilíbrio postural. Um novo recurso de tratamento para essas crianças são os protocolos
intensivos com o uso ou não de vestimentas terapêuticas. Nestes protocolos, as vestimentas
funcionam como uma órtese corporal que permite a execução de movimentos e exercícios
para os mais diversos objetivos, em conjunto com a aplicação de treinos intensos e
específicos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar a diferença de ativação
muscular, função motora grossa e oscilação do centro de gravidade de crianças com PC após
um protocolo intensivo de exercícios terapêuticos. Tratou-se de um estudo de 10 casos,
sendo que os critérios de inclusão foram ter idade entre 2 e 13 anos, diagnóstico de PC e
classificação Gross Motor Function Classification System entre os níveis I e IV. Métodos: A
Gross Motor Function Measure foi realizada por um profissional capacitado antes do
primeiro e após o último protocolo. A Eletromiografia de Superfície foi utilizada para analisar
a ativação muscular dos músculos Reto Abdominal, Oblíquos e Multífidos de ambos
hemicorpos enquanto a criança permanecia sentada mantendo a postura durante 30
segundos pré e pós protocolo. Além disso, a Plataforma Estabilométrica foi utilizada para
avaliar a oscilação postural com a criança sentada mantendo a posição por 30 segundos com
os olhos abertos e 30 segundos com os olhos fechados, também antes do início do intensivo
e após o último. Resultados: No geral, as crianças apresentaram aumento da média na
função motora grossa em 4,68% entre antes e após o treinamento; 30% dos pacientes
apresentaram aumento da ativação muscular de todas ou da maioria das musculaturas; 40%
obtiverem uma maior aproximação das médias de Root Mean Square associados a uma
redução de ativação em alguns dos 6 músculos avaliados. Em relação ao centro de gravidade,
30% dos pacientes reduziram a distância de oscilação com olhos abertos e 70% reduziram
com os olhos fechados. Conclusão: Conclui-se com o presente estudo que a realização de um
protocolo intensivo de exercícios terapêuticos associados ou não ao uso de vestimentas
terapêuticas favorece a melhora da função motora grossa, parece ser promissor na ativação
mais equilibrada entre as musculaturas do core avaliadas e na diminuição da oscilação do
tronco quando de olhos fechados.