Relatório de Pesquisa
Avaliação do perfil de sintomas não motores e das características eletro neurofisiológicas em pacientes com distonia
Registro en:
Gustavo Oliveira
Autor
Vargas, Renata Gabriela de Morais
Institución
Resumen
Introdução: A distonia é um distúrbio de movimento caracterizado por contrações
musculares sustentadas ou intermitentes que causam movimentos anormais, muitas vezes
repetitivos, posturas ou ambos. Os movimentos distônicos são tipicamente padronizados,
torcidos e podem ser trêmulos (SALLEM, 2015). É, portanto, uma síndrome em que há cocontração
muscular simultânea sustentada ou intermitente de músculos agonistas e
antagonistas (S. FAHN, 1998). Objetivo: Avaliar a prevalência dos sintomas não motores e
características eletroneurofisiológicas em pacientes diagnosticados com distonia em
ambulatório de referência em distúrbios do movimento do Instituto de Gestão Estratégica
do Hospital de Base. Método: aplicação de questionário – NMSS, MOCA, HADS, YBOCS, FAB,
- em pacientes com distonia primária, distonia secundária e grupo controle. Bem como a
realização de exames de eletroneuromiografia para análise do período silente. Resultados e
discussão: Dos 60 pacientes captados, 60% (n=36) eram mulheres e 40% (n=24) eram
homens. No que concerne as idades destes pacientes, teve-se uma média de idade de 53,91
anos. Em relação aos tipos de distonia, 77% (n=46) são do tipo cervical e 23% (n=14) são do
tipo facial, blefarospasmo. 80% (n=48) dos pacientes tem como categoria, a distonia
primária e 20% (n=12) tem distonia secundária. Os tipos de distonia por etiologia primária e
secundária têm-se que todos os pacientes que possuem distonia cervical são do tipo
secundária, já dentre os pacientes com distonia primária 29,2% eram do tipo facial e os
demais são do tipo cervical (p= 0,033). A média de idade dos pacientes por categoria foi de
58 anos para distonia primária e 48 anos na secundária 48 anos (p= 0,01). Em relação aos
sintomas não motores, ansiedade e depressão apresentaram valores significativos na coorte
(p =0,004). Nos parâmetros de ENMG, houve aumento da duração do período silente.
Conclusão: ratifica-se a presença de sintomas não motores em pacientes distônicos e
possíveis alterações em exames eletroneuromiográficos podendo sugerir possível método
diagnóstico.