O presente estudo busca explorar como as estruturas antidemocráticas da sociedade brasileira, fundada na base de relações oligárquicas, afeta o cenário futebolístico nacional, traçando-se um paralelo entre sociedade e o esporte e demonstrando como esses mecanismos autoritários da própria sociedade e do Estado brasileiro refletem com maior clareza no ambiente desportivo. Visa demonstrar, por meio de análise da legislação atual, como também das disposições legais anteriores, além de fatos históricos e estudos de caso, como o ambiente desportivo, em especial o futebolístico, reflete com clareza as características e vícios da sociedade em que está inserido, no caso, a brasileira. Neste contexto, procura-se identificar elementos do autoritarismo, típicos do modelo oligárquico, autoritário e conservador em que se formou a sociedade brasileira, e apontar aqueles que ainda persistem no meio desportivo, como também os avanços que já foram alcançados, realizando-se uma análise sobre as condições dos atletas profissionais brasileiros contemporâneos em comparação com aqueles que os antecederam. Para se alcançar o pretendido, analisar-se-á o histórico autoritário brasileiro, bem como, os casos notórios de luta contra a opressão no futebol, as mobilizações populares que tiveram destaque no ambiente futebolístico, o uso do futebol como ferramenta política pelo Estado, a evolução da legislação desportiva brasileira e, por fim, explora-se a figura do pater familias e sua influência na sociedade brasileira.