Assim como os diversos campos da esfera pública, o estabelecimento do campo diplomático brasileiro, ao longo da história, dirigiu-se diretamente aos homens e suas vontades e peculiaridades, o que acabou deixando a mulher sob uma visão de subordinação ou implícita ao meio doméstico. Como resultado, a mulher e suas singularidades possuíam dificuldades para ingressar neste meio para os mesmos cargos, e mais ainda em desenvolver uma carreira e mantê-la. Este trabalho de conclusão de curso possui como objetivo geral apontar e exemplificar como as funções exercidas pelas mulheres no cenário diplomático brasileiro se desenvolveram, tanto de maneira direta como indireta, ao longo dos anos, e como diferem das exercidas pelos homens, com embasamento na teoria feminista, apresenta-se um resumo histórico das principais mulheres na história do Itamaraty e uma análise sobre a discrepância atual entre a presença feminina e masculina dentro do campo diplomático brasileiro. O que se espera é fomentar o debate e a discussão sobre a situação e os papéis desempenhados pelas mulheres no campo diplomático, apresentando argumentos históricos e quantitativos.