TCC
Mecanismo da mutação JAK2 V617F e seu enquadramento como critério de diagnóstico das principais neoplasias mieloproliferativas Ph
Autor
Lima, Ariadne Ramalho de
Institución
Resumen
A Síndrome Mieloproliferativa é uma doença hematopoética de origem clonal que
apresenta amplificação de uma ou mais linhagens mieloides, sendo representada
pelo conjunto de três doenças: Policitemia Vera, trombocitemia essencial,
Mielofibrose, que compartilham aspectos clínicos e biológicos comuns. Quando
relacionamos a fisiopatologia de algumas neoplasias mieloides envolvidas,
percebemos a presença de tirosina kinases alteradas e proteínas fusionadas
hiperativas resultantes de translocações, que exercem papel importante para a base
genética das pesquisas relacionadas com a Síndrome Mieloproliferativa. A proteína
JAK2, pertencente à família das Janus kinases, é também uma tirosina kinase
fosforilada em resposta às ações de diversas citocinas, ativando assim diferentes
vias de sinalização intracelular e participando do processo de transdução do sinal.
Trata-se de uma mutação pontual: substituição de uma guanina por timina (G T) no
exon 14 do gene JAK2, levando à substituição de uma valina por fenilalanina (V F)
na posição 617 da proteína codificada (JAK2 V617F). Esta alteração é somática,
sendo detectada em células de linhagem mieloide. Detectada em cerca de 95% de
pacientes com Policetemia Vera, 50% em pacientes com Trombocitopenia essencial
e 60% em pacientes com Mielofibrose. Percebe-se que mutação JAK2 V617F é a
característica genética molecular importante para pacientes que tem diagnóstico
confirmado de SMP.