TCC
Hospitalização em setores de isolamento nas unidades de pediatria
Autor
Alves, Suzana Soares Guimarães
Institución
Resumen
Os setores de isolamento de contato em hospitais são destinados à internação de pessoas com baixa imunidade e com maior risco de infecção por vírus e bactérias. Apesar de proporcionarem proteção para pacientes, acabam deixando-os mais angustiados, afinal, além de hospitalizadas, as pessoas internadas nesses locais não têm livre contato com outros sujeitos. Contam apenas com o acompanhante e com a assistência de profissionais de saúde devidamente preparados para lidar com as medidas de precaução, entre elas, o uso de luvas e máscaras. Crianças internadas nesses setores estão duplamente isoladas, afinal, estar hospitalizado significa estar isolado, pois a situação é marcada pela mudança na rotina e, ainda, ter de lidar com uma série de limitações, exigências e cuidados típicos de hospitais. A presente pesquisa teve como objetivo geral aprofundar o conhecimento sobre a atuação de Psicólogos nos setores de isolamento de hospitais. Os objetivos específicos foram: Caracterizar o processo de adoecimento e hospitalização na infância, na sua complexidade, envolvendo aspectos biológicos, psicológicos e sociais; caracterizar os setores de isolamento nas unidades de pediatria e infectologia e as implicações psicológicas dessa experiência e, por fim, explorar as possibilidades e os limites do trabalho das Psicólogas nesses setores de isolamento. Para realizar este estudo utilizou-se de pesquisa bibliográfica articulada com reflexões pessoais sobre experiência de estágio na área da saúde. Concluiu-se que, apesar das dificuldades de aceitação por parte das equipes de saúde, a atuação da Psicologia nesses setores é fundamental para sustentar o espaço para que pacientes e acompanhantes possam falar, manifestar seus medos e angústias e elaborar a situação vivenciada. Além de auxiliar díades na compreensão do quadro clínico e na aceitação de procedimentos médicos essenciais, o trabalho adequado da Psicologia permite que pacientes se sintam acolhidos, compreendidos, com o direito de brincar e de serem o que são: crianças.