TCC
Regras versus autorregras: que tipos de regras são mais facilmente seguidos na clínica?
Autor
Sousa, Anna Paula da Silva
Institución
Resumen
O presente estudo tem como objetivo investigar o efeito de regras e auto-regras como forma
de intervenção terapêutica. Foram observados terapeutas que emitem regras – instruções,
conselhos, avisos – e terapeutas que criam contingências para que seus clientes formulem
auto-regras, ou seja, por meio de uma cadeia de perguntas abertas levam os indivíduos a
elaborarem descrições verbais das contingências a que estão expostos. Estudos empíricos
apontam que respostas verbais modeladas apresentam mais sensibilidade às contingências e
são acompanhadas pelas respostas não-verbais correspondentes com mais freqüência. Assim,
torna-se possível modificar um padrão de respostas não-verbais modelando as respostas
verbais correspondentes. Há também indícios de que as pessoas tendem a ficar mais sob
controle das regras elaboradas por elas mesmas do que por aquelas emitidas por outras
pessoas. Diante disso, foi investigado se os participantes seguiriam mais as regras formuladas
por eles mesmos – auto-regras – ou aquelas emitidas pelos terapeutas. A problemática da
pesquisa levou a uma discussão entre os conceitos de autoconhecimento e autocontrole.
Alguns autores defendem que o indivíduo que tem um amplo repertório de respostas de
autoconhecimento, isto é, que discrimina e relata as variáveis controladoras de seu
comportamento, tem melhores condições de manipular tais variáveis ambientais de maneira a
alterar a emissão de seus próprios comportamentos. Em outras palavras, emitir respostas de
autocontrole. Logo, foi investigado também se as descrições verbais emitidas pelos
participantes levariam a modificações em seus padrões de respostas.