TCC
Inclusão escolar: a necessidade do acompanhante terapêutico no contexto escolar em casos específicos
Autor
Tezell, Raquel Lima
Institución
Resumen
A finalidade deste trabalho foi demonstrar que há casos específicos de alunos que,
devido à maneira que a inclusão escolar é feita atualmente, é necessário que se tenha um
profissional especializado, sendo sugerido o Acompanhante Terapêutico. A inclusão escolar é
uma prática que se preocupa com a participação de qualquer aluno em escolas comuns, visto
que é dever da instituição de ensino adaptar a estrutura física e curricular para acolher essa
diversidade de alunos. O Acompanhante Terapêutico é um profissional que, no âmbito
escolar, tem a função de intermediar a relação aluno-professor, agindo como intérprete e
tradutor do indivíduo acompanhado, finalizando sua intervenção no momento em que a sala
de aula se torna um ambiente acolhedor para determinada criança. O Acompanhante
Terapêutico pode ser um parceiro na inclusão escolar. Porém, essa proposta de parceria é
atribuída a casos que necessitam de um manejo específico, como as crianças diagnosticadas
com Autismo e Síndrome de Asperger. Essa sugestão foi sustentada a partir da experiência da
autora, que atua como Acompanhante Terapêutica, em uma escola, de uma criança com
Autismo. Assim, o presente trabalho inicia-se revendo o histórico da concepção social do
indivíduo com sofrimento psíquico grave e dos deficientes mentais, seguido de um breve
histórico da educação especial no mundo e no Brasil. Logo após, é discutido a proposta de
inclusão escolar a fim de se analisar a prática do Acompanhante Terapêutico no âmbito
escolar. Foi realizada a coleta de dados com quatro professores, três graduados e um que atua
como auxiliar de sala, que presenciaram e/ou presenciam o processo de inclusão escolar sendo
feito por intermédio de um Acompanhante Terapêutico. Nos resultados dessa pesquisa, foi
tido como categorias principais: a concepção de inclusão escolar; a participação da escola
nesse processo de inclusão; a maneira como a inclusão escolar está sendo executada; a
realização de um trabalho em equipe; a percepção de cada participante sobre o papel do
Acompanhante Terapêutico no contexto escolar, assim como a sua importância e a reflexão
sobre a possibilidade de dependência da criança e do professor em relação ao Acompanhante
Terapêutico. Desse modo, foi constatada a falta de preparo dos professores para ministrarem
aula em uma sala que possuía uma criança com Autismo, sustentando a idéia de que para
alguns casos específicos é necessário o Acompanhante Terapêutico, pois este possui o
conhecimento preciso para facilitar o processo de desenvolvimento cognitivo e de
aprendizagem de determinado aluno.