Trabalho de Conclusão de Curso
Perspectivas do uso de corticoterapia no tratamento do transtorno do espectro da neuromielite óptica: uma revisão integrativa da literatura
Perspectives on the use of corticosteroids in the treatment of neuromyelitis optica spectrum disorder: an integrative literature review
Registro en:
SILVA, Érika Moreira da. Perspectivas do uso de corticoterapia no tratamento do transtorno do espectro da neuromielite óptica: uma revisão integrativa da literatura. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Residência em Clínica Médica) – Hospital Universitário, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.
Autor
Silva, Érika Moreira da
Institución
Resumen
Neuromyelitis optica spectrum disorder is a rare disease mediated by central nervous system antibodies. Long segments of spinal cord inflammation (myelitis), severe optic neuritis, and/or intractable bouts of vomiting and hiccups (area postrema syndrome) are classic presentations of the disease and may alert the clinician to the diagnosis. Until a few years ago it was unclear whether neuromyelitis optica was a separate disease or just a more severe form of optic-spinal multiple sclerosis (MS). It is usually caused by antibodies targeting aquaporin 4 (AQP4). However, NMO remains a potentially fatal and severely disabling condition that often requires immediate and consequential immunosuppressive treatment. Clinical decision making regarding diagnosis and initiation of treatment remains challenging, so testing for AQP4 antibody via a highly sensitive and highly specific assay may be essential. Treatment of neuromyelitis optica is divided into two phases – acute (or chronic) phase treatment and maintenance treatment. An integrative review was conducted in order to gather studies on the use of corticosteroids for the treatment of neuromyelitis optica. The literature search covered the period between 2017 and 2022, in the Lilacs, Medline/Pubmed and Scielo databases. Titles and abstracts were reviewed for relevance. The results presented 14 publications that analyzed the use of corticosteroid therapy in the treatment of neuromyelitis optica spectrum disorder. The use of corticosteroids showed promise when used more aggressively for the treatment of the acute phase and also when used as preventive therapy (in lower doses) to reduce the frequency of relapses. O transtorno do espectro da neuromielite óptica é uma doença rara mediada por anticorpos do sistema nervoso central. Longos segmentos de inflamação da medula espinhal (mielite), neurite óptica grave e/ou crises de vômitos e soluços intratáveis (síndrome da área postrema) são apresentações clássicas da doença e podem alertar o clínico para o diagnóstico. Até poucos anos não estava claro se a neuromielite óptica era uma doença separada ou apenas uma forma mais grave de esclerose múltipla (EM) óptico-espinhal. Geralmente é causada por anticorpos direcionados à aquaporina 4 (AQP4). No entanto, a NMO continua sendo uma condição potencialmente fatal e gravemente incapacitante que geralmente requer tratamento imunossupressor imediato e consequente. A tomada
de decisão clínica em relação ao diagnóstico e início do tratamento permanece desafiadora, então o teste do anticorpo AQP4 por meio de um ensaio altamente sensível e altamente específico pode ser essencial. O tratamento da neuromielite optica é dividido em duas fases – tratamento da fase aguda (ou crônica) e tratamento de manutenção. Conduziu-se uma revisão integrativa com intuito de reunir os estudos acerca do uso da corticoterapia para tratamento da neuromielite optica. A busca na literatura abrangeu o período entre 2017 à 2022, nas bases de dados Lilacs, Medline/Pubmed e Scielo. Títulos e resumos foram revisados através de sua relevância. Os resultados apresentaram 14 publicações que analisaram o uso da corticoterapia no tratamento do transtorno do espectro da neuromielite óptica. O uso da corticoterapia se mostrou promissor quando usado de forma mais agressiva para tratamento da fase aguda e, também, quando usado como terapia preventiva (em doses menores), para reduzir frequência de recaídas.