Dissertação
Educação do campo e questão agrária: a práxis pedagógica em alternância da Escola Família Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR)
Educaciõn rural y cuestiõn agraria: la praxis pedagógica en alternante da Escuela Familiar Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR)
Registro en:
ASSUNÇÃO, Adenilso dos Santos. Educação do campo e questão agrária: a práxis pedagógica em alternância da Escola Família Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR). 2021. 335 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2021.
Autor
Assunção, Adenilso dos Santos
Institución
Resumen
Esta disertación, cuyo recorte de investigación es un tema de la gran área de la Geografía Agraria, desarrolla una reflexión sobre la Educación del Campo en Mato Grosso do Sul a partir del análisis de la Escuela Familia Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR), actualmente, territorializada en el Asentamiento São Judas, en el municipio de Rio Brilhante - MS. Inicialmente, hicimos un análisis sobre los procesos históricos que produjeron el agrario de Mato Grosso do Sul, enfatizando las condiciones que materializaron la valorización del agronegocio en la contemporaneidad en detrimento de la agricultura campesina en lo que se refiere a las políticas públicas, entre ellas, la reforma agraria y la educación para las escuelas del Campo. Como soporte teórico de la investigación, trabajamos en la perspectiva del materialismo histórico dialéctico, como método, analizando los diferentes Paradigmas de la Geografía Agraria y la forma como basan concepciones distintas sobre el campesinado. Comprendemos que esos sujetos resisten y se recrean en la lucha de clases como parte de un proceso contradictorio, que involucra resistencia y subalternidad, inherente al proceso de desarrollo del capitalismo en el campo brasileño. Enfatizamos, a partir de la adopción del Paradigma de la Cuestión Agraria (PQA), que la recreación campesina se expresa como importante argumentación teórica y práctica que justifica una propuesta de Educación del Campo centrada en los valores materiales e inmateriales campesinos y que contribuya, dialécticamente, con la resistencia de esos sujetos en sus territorios, dialogando con sus saberes-hacer. Para comprender la praxis de la Educación del Campo, analizamos la Pedagogía de la Alternancia como posibilidad de engendrar un proyecto educativo crítico-emancipatorio junto a los campesinos-asentados. Reflexionamos acerca de la praxis pedagógica de la experiencia de Educación del Campo producida por la Escuela Familia Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR). La investigación involucró como metodología la discusión teórica, observación de campo, entrevistas y análisis documental. Discutimos la persistente concentración de tierras en el campo de Mato Grosso do Sul, determinante para la hegemonía del agronegocio, que fomenta los conflictos y las disputas territoriales con la agricultura campesina, y, concomitantemente, reflexionamos sobre el proyecto de Educación del Campo acorde con la propuesta defendida por los campesinos y sus movimientos socioterritoriales. Consideramos, por tanto, que la Educación del Campo desarrollada por la EFAR es un hacer pedagógico acorde con los presupuestos teóricopolítico-ideológicos de la Educación del Campo, relacionándose de manera dialéctica/dialógica con el trabajo familiar campesino, su modo de vida, sus sabereshacer, su identidad territorial y de clase social, auxiliando en el proceso de desarrollo territorial, resistencia y reproducción material y simbólica de los sujetos en la tierra/territorio de trabajo y de vida. Esta dissertação, cujo recorte de pesquisa é um tema da grande área da Geografia Agrária, desenvolve uma reflexão sobre a Educação do Campo em Mato Grosso do Sul a partir da análise da Escola Família Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR), atualmente, territorializada no Assentamento São Judas, no município de Rio Brilhante - MS. Inicialmente, fizemos uma análise sobre os processos históricos que produziram o agrário de Mato Grosso do Sul, enfatizando as condições que materializaram a valorização do agronegócio na contemporaneidade em detrimento da agricultura camponesa no que se refere às políticas públicas, dentre elas, a reforma agrária e a educação para as escolas do Campo. Como suporte teórico da pesquisa, trabalhamos na perspectiva do materialismo histórico dialético, como método, analisando os diferentes Paradigmas da Geografia Agrária e a forma como embasam concepções distintas sobre o campesinato. Compreendemos que esses sujeitos resistem e se recriam na luta de classes como parte de um processo contraditório, que envolve resistência e subalternidade, inerente ao processo de desenvolvimento do capitalismo no campo brasileiro. Enfatizamos, a partir da adoção do Paradigma da Questão Agrária (PQA), que a recriação camponesa se exprime como importante argumentação teórica e prática que justifica uma proposta de Educação do Campo centrada nos valores materiais e imateriais camponeses e que contribua, dialeticamente, com a resistência desses sujeitos em seus territórios, dialogando com seus saberes-fazeres. Para compreender a práxis da Educação do Campo, analisamos a Pedagogia da Alternância enquanto possibilidade de engendrar um projeto educativo crítico-emancipatório junto aos camponeses-assentados. Refletimos acerca da práxis pedagógica da experiência de Educação do Campo produzida pela Escola Família Agrícola Rosalvo da Rocha Rodrigues (EFAR). A pesquisa envolveu como metodologia a discussão teórica, observação de campo, entrevistas e análise documental. Discutimos a persistente concentração de terras no campo de Mato Grosso do Sul, determinante para a hegemonia do agronegócio, que fomenta os conflitos e as disputas territoriais com a agricultura camponesa, e, concomitantemente, refletimos sobre o projeto de Educação do Campo condizente com a proposta defendida pelos camponeses e seus movimentos socioterritoriais. Consideramos, portanto, que a Educação do Campo desenvolvida pela EFAR é um fazer pedagógico condizente com os pressupostos teórico-político-ideológicos da Educação do Campo, relacionando-se de maneira dialética/dialógica com o trabalho familiar camponês, seu modo de vida, seus saberes-fazeres, sua identidade territorial e de classe social, auxiliando no processo de desenvolvimento territorial, resistência e reprodução material e simbólica dos sujeitos na terra/território de trabalho e de vida.