Livro
Terra madura Yvy Araguyje: fundamento da palavra guarani
Registro en:
CHAMORRO, Graciela. Terra madura Yvy Araguyje: fundamento da palavra
guarani. Dourados, MS: Editora UFGD, 2008.
978-85-61228-08-8
Autor
Chamorro, Cándida Graciela
Institución
Resumen
1- FRAGMENTOS: TRAJETÓRIA E MODO DE SER
1.1 - A etno-história
1.1.1 - Sobre “Tupi”, “Guarani” e “Tupi-Guarani
1.1.2 - Os povos chamados Guarani no tempo da conquista
1.1.3 - Os povos chamados Guarani sob o impacto da conquista européia
1.1.4 – Livres ou fugitivos em suas próprias terras
1.2 – O princípio da identidade guarani
1.2.1 – Oréva e ñandéva
1.2.2 – Bagagem cultural e identidade
1.3 – Sobre “palavra” e “religião” guarani
1.3.1 – A palavra e as experiências da vida
1.3.2 – A palavra-alma
1.3.3 – Palavra como paradigma ritual
1.3.4 – Palavra para ser vista e ouvida
1.3.5 – A palava indígena e o cristianismo
2 - PROFECIA: VOZES DE PROTESTO CONTRA A MISSÃO
2.1 – A liderança guarani - karai e pa’i - entre a cruz e a espada
2.2 – De como os líderes indígenas contradisseram a pregação cristã
2.2.1 – Os primeiros enfrentamentos
2.2.2 – Durante a implantação das reduções jesuíticas
2.2.3 - Quando os jesuítas começaram a estabelecer-se
2.3 – O caráter profético da palavra guarani
2.3.1 – Os profetas indígenas não estão “além do social
2.3.2 - A poliginia indígena versus a monogamia cristã
2.3.3 - A vida livre na selva versus as reduções
2.3.4 - A dança ritual e outros ritos a serviço da profecia
2.4 - Dos pró-diálogos e suas conseqüências para a teologia cristã
2.4.1 – O questionamento da universalidade
2.4.2 – Missão, subjetividade e poder
2.4.3 – O desafio do diálogo intercultural: o exemplo de Pa’i Sume
SEGUNDA PARTE: TEOCOSMOLOGIA
3 – A PALAVRA ORIGINAL: REPRESENTAÇÕES
3.1 – A história
3.2 – Jasuka: O Princípio do Ser e do Ser Criador
3.2.1 – O simbolismo da “substância-mãe
3.2.2 – O simbolismo do cesto, do bambu e de certas árvores
3.2.3 – O simbolismo do fluido vital
3.2.4 – O simbolismo da mulher e as virtudes de Jasuka na história
3.3 – Principais Personificações do Divino
3.3.1 – “Nosso Pai”, “Nossa Mãe” e a Sabedoria
3.3.2 – Heróis Culturais: Tornar o mundo habitável, vencer o jaguar
3.3.3 – Pais e Mães das palavras-almas de origem divina
3.4 – Atributos divinos
3.5 – As divindades guarani e o monoteísmo cristão
3.5.1 – A implantação do monoteísmo em Israel
3.5.2 – Monoteísmo e inclusividade
3.5.3 – Na busca do equilíbrio
3.5.4 – Sobre politeísmo, trindade e diálogo
3.5.5 – A profusão de divindades e as “formas do dizer
4 – A COSMOLOGIA: A COSMIFICAÇÃO DA PALAVRA
4.1 – A terra como corpo que murmura sua palavra
4.1.1 – A configuração do universo guarani
4.1.2 – Os enfeites do universo
4.1.3 – Os guardas do ser: as plantas e os animais
4.2 – O estar a caminho e a busca da “terra sem males
4.2.1 – Sobre a expressão “terra sem males” e seus desdobramentos
4.2.2 – A “terra sem males” nos relatos indígenas
4.2.3 – O estar a caminho: símbolo de liberdade e desterro
4.3 – O Ser Criador e sua Sabedoria Criadora
4.3.1 – Sobre os termos “Arakuaa” e “Mba’ekuaa
4.3.2 – A sabedoria na construção do mundo
4.4 – A água como mãe é matéria primordial
4.5 – Desafios da cosmoteologia guarani à teologia cristã
4.5.1 – Carrascos e vítimas da secularização
4.5.2 – O ecofeminismo e a recosmificação do divino
5 – O SER HUMANO: BIFURCAÇÃO E REDENÇÃO DA PALAVRA
5.1 – O ser humano entre a animalidade e a divindade
5.2 – O pecado na catequese colonial
5.3 – A bifurcação da palavra
5.3.1 – A bifurcação da palavra como “ignorância
5.3.2 – A bifurcação da palavra como “ira” e “ato de ofender
5.3.3 – O adultério
5.3.4 – O mal da terra e os malfeitores
5.4 – A conquista espiritual dos povos guarani, em guarani
5.4.1 – “Tornar-se cristão” como humanizar-se
5.4.2 – “Ser salvo” como tornar-se varão
5.4.3 – “Ser salvo” como tirar do pajé seu ser de pajé
5.5 – A redenção do dizer
5.5.1 - Erguer-se: “e
5.5.2 - Alcançar grandeza de coração: “py’a guasu
5.5.3 - Plenificar-se: “aguyje
5.5.4 –Terra e palavra sem males: “yvy ha ñe’ ẽ marane’ỹ
5.6 – A restituição da palavra e a soteriologia cristã
5.6.1 – Sem a figura de um Salvador
5.6.2 – Jesus ressuscitado e os “Nossos Irmãos
TERCEIRA PARTE: PARADIGMA RITUAL
6 – CELEBRAÇÃO DA PALAVRA: SACRAMENTOS DA VIDA
6.1 – A história: das maracas indígenas aos sinos da redução
6.1.1 – A música
6.1.2 – Os banquetes e as festas
6.1.3 – O tempo reduzido
6.2 – Os mil rostos da dança e do canto
6.2.1 – O testemunho dos conquistadores
6.2.2 – Ñembo’e – a reza
6.2.3 – Porahéi – canção
6.2.4 – Ñe’ẽngarai, ñemoñe’ẽ – relato, discurso
6.2.5 – Guahu – lamento
6.2.6 – Xondáro – defesa
6.2.7 – Kotyhu – divertimento
6.3 – Ritualizar a palavra como imitação de um ato primordial
6.4 – A palavra-sacramento como caminhada
6.5 – Palavra que conta a história do corpo do milho
6.6 - A palavra que provê um lugar para si
6.7 – A palavra e o nome
6.7.1 – A liturgia kaiová: mitã mbo’éry
6.7.2 – O ritual mbyá: nimongarai
6.8 – A sacramentalidade da palava
6.8.1 – Palavra e demonização
6.8.2 – Recosmificação da palava
7 – A LIBERTAÇÃO DA PALAVRA: O DIÁLOGO
7.1 – Do ocaso ao ressurgimento indígena
7.2 – Descobrindo o “outro” indígena invisibilizado
7.3 – Nós “outros” na perspectiva indígena
7.4 – Os povos indígenas têm algo a dizer para nós
7.4.1 – Quando a inclusão do “outro” entrava o diálogo
7.4.2 – Quando a inclusão do “outro” dinamiza o diálogo
7.4.3 – Libertando a palavra das amarras do “eu” e do “outro
7.4.4 – A autocomprensão dos povos guarani no debate da globalização Os povos chamados Guarani enfrentam o cerco da civilização ocidental bebendo de suas próprias fontes de saber, examinando-as e reformulando-as a partir de suas tradições e da religião que intentou e intenta colonizar suas almas. Este livro registra aspectos desse exercício de criatividade e persistência. Nele, também a sociedade não indígena é desafiada, com objetividade e empatia, a ouvir os testemunhos contemporâneos de ansiedade e esperança desses povos. Sendo a reflexão indígena diferente do pensamento cristão dominante no continente americano, a obra vem enriquecer o acervo da Teologia Índia e o Diálogo Intercultural sobre Deus e seres humanos.