Trabalho de Conclusão de Curso
Mulheres indígenas em associações: as Guarani e Kaiowá e a Aty Kuña
Indigenous women in associations: the Guarani and Kaiowá and the Aty Kunã
Registro en:
CENTRONE, Letícia Destri. Mulheres indígenas em associações: as Guarani e Kaiowá e a Aty Kuña. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Relações Internacionais) – Faculdade de Relações Internacionais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2018.
Autor
Centrone, Letícia Destri
Institución
Resumen
The state of Mato Grosso do Sul presents the second biggest urban indigenous reservation and the second biggest indigenous population of Brazil. Among the ethnicities living in the state are the Guarani and the Kaiowá people. From the 1980’s onwards, along with the emergence of new social movements, the movements of indigenous claims emerge on the national scenario. The Guarani and Kaiowá indigenous of Mato Grosso do Sul began to organize to claim their political guidelines to the brazilian State in 1979. It was during the great religious ritual called Jeroky Guasu and the first assembly Aty Guasu that began the process of articulation for the reoccupation and resumption of the traditional territories, besides the claim for public politics for their people. But it was only in 2006 that the Guarani and Kaiowá women created an assembly to claim guidelines specific to indigenous women, the Aty Kunã. This work focuses on the understanding of colonialism of power and the modern patriarchy under the Guarani and Kaiowá women and analyzes the Aty Kunã in order to understand the conjuncture and the struggle of Guarani and Kaiowá women in Mato Grosso do Sul. To do so, the methodology used was the bibliographical revision of the Guarani and Kaiowá history, their ways of life, besides the analysis of the final documents of Aty Kunã. And to better understand the local conjuncture and the situation that Guarani and Kaiowá are inserted, the field work will be used. O estado do Mato Grosso do Sul apresenta a segunda maior reserva indígena urbana, e a segunda maior população indígena do Brasil. Dentre as etnias presentes no estado estão o povo Guarani e Kaiowá. A partir da década de 1980, junto com o surgimento dos novos movimentos sociais, os movimentos de reivindicações indígenas emergem o cenário nacional. Os Indígenas Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul começaram a se organizar para reivindicar suas pautas políticas frente ao Estado brasileiro em 1979. Foi durante o primeiro grande ritual religioso chamado de Jeroky Guasu e da primeira grande assembleia a Aty Guasu que começou o processo de articulação para a reocupação e retomada dos territórios tradicionais, além da reivindicação de políticas públicas para seu povo. Mas foi só em 2006 que as mulheres Guarani e Kaiowá criam uma assembleia para reivindicar as pautas específicas das mulheres indígenas, a Aty Kuña. Esse trabalho foca no entendimento da colonialidade do poder e do patriarcado moderno sob as mulheres Guarani e Kaiowá e analisa a Aty Kuña como o objetivo de compreender a conjuntura e a luta das Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul. Para isso a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica da história Guarani e Kaiowá, dos seus modos de vidas, além da análise dos documentos finais da Aty Kuña. E para melhor compreensão da conjuntura, local e situação que estão inseridos os Guarani e Kaiowá será utilizado o trabalho de campo.