Dissertação
Composição química e efeito do óleo da amêndoa de Attalea phalerata Mart. Ex Spreng (Arecaceae) no perfil lipídico e na massa corporal de ratos Wistar hiperlipidêmicos
Chemical composition and effect of almond oil of Attalea phalerata Mart. Ex Spreng (Arecaceae) on the lipid profile and body mass of hyperlipidemic Wistar rats
Registro en:
BALDIVIA, Débora da Silva. Composição química e efeito do óleo da amêndoa de Attalea phalerata Mart. Ex Spreng (Arecaceae) no perfil lipídico e na massa corporal de ratos Wistar hiperlipidêmicos. 2013. 47 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Geral/Bioprospecção) – Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2013.
Autor
Baldivia, Debora da Silva
Institución
Resumen
Attalea phalerata Mart. ex Spreng (Arecaceae) is a palm tree that occurs in the central plateau of Brazil, Bolivia, Paraguay and Peru. Produces bunches with fruits of fibro-succulent pulp, woody and hard endocarp with 2 to 3 almonds. Almonds have high lipid content and their oil is popularly used for medicinal purposes. No scientific reports were found on the chemical composition of A. phalerata oil and its effect on lipid metabolism and body mass of animals. Objective: The objective of the present work was to identify and quantify the fatty acids present in almond oil of A. phalerata and to investigate its metabolic effects in rats with diet - induced hyperlipidemia. Methods: A. phalerata almond oil (OAAP) was extracted by cold pressing and fatty acid composition analyzed by gas chromatography (GC). The effect of OAAP on serum lipids and body mass was evaluated in hyperlipidemic Wistar rats induced by a high fructose diet (DRF). The animals (n = 32) were divided into 5 groups (n = 8), being: (I) commercial diet + water (control group), (II) high fructose + water diet (DRF group) (DMF), a high fructose + simvastatin diet, 30 mg.kg-1 of MC (DRF + S group) and (V) a high fructose + cypofibrate diet, 2 mg.kg- high fructose + almond oil from A. Phalerata, 1.2 mL.kg-1 MC (DRF + OAAP group). During the experimental period (63 days), food and water intake were evaluated daily, as well as body mass changes through weighing. At the end of the study, the animals were sacrificed and the blood was collected to determine the serum levels of total cholesterol, HDL-cholesterol, triglycerides, AST, ALT, creatinine and urea; tissues and organs for determination of the respective masses. In addition, the amount of lipids in the liver and feces was determined. Results: The chemical composition of OAAP showed that oleic acid (30.68%) and lauric acid (28.87%) are the major components. Hyperlipidemic rats treated with OAAP (1.2 mL.kg-1 MC) demonstrated a reduction in serum total cholesterol similar to those treated with simvastatin; increase in body temperature by 1 ° C and reduction of body mass gain (28%) and white deposit of mesenteric tissue (25%) compared to hyperlipidemic control rats. There was an increase in the relative liver mass of OAAP-treated rats, however, there was no change in serum levels of hepatic markers of toxicity, AST and ALT. In addition, there was an increase in moisture and lipid content in feces (32%) of OAAP-treated mice compared to controls. Conclusion: Together, these results suggest that OAAP has potential use to be used in the control of hypercholesterolemia and obesity. Attalea phalerata Mart. ex Spreng (Arecaceae) é um palmeira que ocorre no planalto central do Brasil, Bolívia, Paraguay e Peru. Produz cachos com frutos de polpa fibro-suculenta, endocarpo lenhoso e duro com 2 a 3 amêndoas. As amêndoas apresentam alto teor lipídico e seu óleo é utilizado popularmente para fins medicinais. Não foram encontrados relatos científicos sobre a composição química do óleo de A. phalerata e seu efeito no metabolismo lipídico e na massa corporal de animais. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi identificar e quantificar os ácidos graxos presentes no óleo da amêndoa de A. phalerata e investigar seus efeitos metabólicos em ratos com hiperlipidemia induzida por dieta. Métodos: O óleo da amêndoa de A. phalerata (OAAP) foi extraído por prensagem a frio e a composição de ácidos graxos analisados por cromatografia gasosa (CG). O efeito do OAAP sobre lipídeos séricos e massa corporal, foi avaliado em ratos Wistar hiperlipidêmicos induzidos por dieta rica em frutose (DRF). Os animais (n=32) foram divididos em 5 grupos (n = 8), sendo eles: (I) dieta comercial + água (grupo controle), (II) dieta rica em frutose + água (grupo DRF), (III) dieta rica em frutose + cipofibrato, 2 mg.kg-1 de MC (Grupo DRF + C), (IV) dieta rica em frutose + sinvastatina, 30 mg.kg-1 de MC (grupo DRF + S) e (V) dieta rica em frutose + óleo da amêndoa de A. Phalerata, 1,2 mL.kg-1 de MC ( Grupo DRF + OAAP). Durante o período experimental (63 dias) foram avaliados diariamente a ingestão alimentar e hídrica, bem como a evolução da massa corporal através de pesagens. Ao final do estudo, os animais foram sacrificados, sendo coletado: o sangue, para determinar os níveis séricos de colesterol total, HDL-colesterol, triglicerídeos, AST, ALT, creatinina e uréia; tecidos e órgãos para determinação das respectivas massas. Além disso, determinou-se à quantidade de lipídeos do fígado e das fezes. Resultados: A composição química do OAAP mostrou que o ácido oleico (30,68%) e láurico (28,87%) são os componentes majoritários. Ratos hiperlipidêmicos tratados com OAAP (1,2 mL.kg-1 de MC) demonstraram uma redução no colesterol total sérico semelhantemente aos tratados com sinvastatina; aumento da temperatura corporal em 1 ºC e redução do ganho de massa corporal (28%) e do depósito de tecido branco mesentérico (25%) comparado com os ratos controle hiperlipidêmicos. Houve aumento da massa relativa do fígado de ratos tratados com OAAP, sem, no entanto, haver qualquer alteração dos níveis séricos dos marcadores hepáticos de toxicidade, AST e ALT. Além disso, houve um aumento da umidade e do teor de lipídeos nas fezes (32%) dos ratos tratados com OAAP comparados aos controles. Conclusão: Juntos, esses resultados sugerem que o OAAP tem potencial uso para ser utilizado no controle da hipercolesterolemia e da obesidade. Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT)