Epidemiology is here defined as “the study of distribution, frequency and causes of human diseases, and also the study of threats to health and the practices of public health for the prevention of specific diseases and all risks to health”. Formerly directed to phenomena affecting populations, results of epidemiological investigations have been applied to individuals, especially in what concerns risk, what became known as “the great fallacy”. Another distortion became known as “black-box epidemiology”, the adoption of sanitary and public health measures without a sound knowledge of underlying biological factors in favor of the investigation of the correlates of risk. This led to the theory that diseases could be prevented by altering the environment, without the need for detailed knowledge of pathogenic mechanisms. Finally, Susser and Susser advocated a paradigm for an emergent era of eco-epidemiology, called the “Chinese boxes”, in an allusion to the sets of boxes where each fits inside a larger box. This paper discusses in greater detail the disputes around such concepts and the pitfalls for the application of epidemiological theories to public health.Epidemiologia é definida aqui como o estudo da distribuição, frequência e causas das doenças humanas e com o estudo dos riscos para a saúde e práticas de saúde pública para a prevenção de todos os riscos para a saúde. Dirigida inicialmente aos fenômenos que afetam populações, os resultados de investigações epidemiológicas têm sido aplicadas a indivíduos, em especial no que concerne a riscos, o que ficou sendo conhecido como a grande falácia. Uma outra distorção ficou conhecida como epidemiologia de caixa-preta, ou seja, a adoção de ações sanitárias e de saúdepública sem conhecimento dos fatores biológicos subjacentes, em favor da investigação dos fatores de risco. Isso levou à teoria de que doenças poderiam ser prevenidas pela alteração do ambiente, independente do conhecimento detalhado dos mecanismos patogênicos. Finalmente, Susser e Susser defenderam um paradigma para uma era emergente da eco-epidemiologia, denominado caixas chinesas, uma alusão aos conjuntos de caixas que se encaixam umas nas outras. Este trabalho discute em maior detalhe as discussões sobre esses conceitos e as armadilhas que cercam a aplicação das teorias epidemiológicas para a saúde pública.