Three groups of 60 individuals of Meriones unguiculatus were inoculated with 3, 5, and 8 metacercariae each, of Fasciola hepatica. Multifocal areas of hemorrhage, necrosis, and fibrosis were observed in the liver, the kidney and other organs in the peritoneal cavity in 20.6% of the infected animals. Liver was the most damaged organ, indicating hepatotropism during parasite development. At 20 days post inoculation, dilatation of the bile ducts and of the hepatic artery branches, disruption of the hepatic vein and hemorrhage were evident in the periportal areas. At 30 and 40 days, adherent worms and eggs of F. hepatica were recovered from the inner wall of the bile duct and thoracic and abdominal cavities. Histopathological examination revealed track-like lesions varying from acute hemorrhagic necrosis to active granulomas with organized fibrotic areas generated by eggs and worms in the parenchyma of the liver and mesenteric lymph nodes. Most of the chronic lesions showed the presence of lymphocytes and macrophages. In addition, liver, lungs,diaphragm, spleen, mesenteric lymph nodes, kidneys, pancreas, and small intestine also showed some foci of inflammatory infiltrates with mixed polymorphonuclear and mononuclear cells. These results indicate that infection by F. hepatica may be maintained in M. unguiculatus and that the parasites develop in the different organs.Três grupos de 60 Meriones unguiculatus foram inoculados, respectivamente, com 3, 5 e 8 metacercárias de Fasciola hepatica e dez animais permaneceram como controle. Com intervalo de dez dias, seis animais do grupo infectado e um animal do grupo controle foram eutanasiados, sendo coletadas amostras para a histopatologia dos órgãos internos. Foram observadas áreas hemorrágicas, focos de necrose e fibrose no fígado, no rim direito e em órgãos internos contidos nas cavidades torácica e abdominal em 20,6% dos animais infectados, independentemente do número de metacercáreas. O fígado foi o órgão mais lesado, indicando o tropismo que o parasito apresenta durante seu desenvolvimento. Foram observadas alterações no espaço porta-hepático, dilatação do ducto biliar e de ramos da artéria hepática, rompimento de ramos da veia hepática e hemorragia periportal. Foram recuperados parasitos e ovos de F. hepatica aderidos à parede interna do ducto biliar. A análise histopatológica do fígado e do linfonodo mesentérico mostrou a presença de hemossiderose e de reação inflamatória macrofagocitária. No fígado, pulmões, diafragma, baço, linfonodos mesentéricos, rins, pâncreas e intestino delgado, havia infiltrado inflamatório misto formado por polimorfonucleares e mononucleares, áreas hemorrágicas, e focos de necrose e fibrose. Os resultados indicam que M. unguiculatus mantém a infecção por longos períodos, permitindo também o desenvolvimento do parasito em diferentes órgãos.